Roberto Cavalcanti defende investimento privado nos portos



O senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB) disse nesta segunda-feira (31) que é necessário desonerar a economia brasileira reduzindo custos, aperfeiçoando o marco regulatório e atraindo investimentos privados, nacionais e estrangeiros, que acabem com o gargalo logístico na infraestrutura portuária. Ele salientou que 80% do comércio brasileiro com o mundo dependem dos portos, que estão à beira de um "apagão logístico".

- Os portos mais importantes para nossa economia estão trabalhando perigosamente perto do seu limite operacional. Não no limite teórico, calculado pelo seu potencial, mas do limite rebaixado pelas condições ruins em que se encontra a nossa infraestrutura - observou, em Plenário.

Cavalcanti assinalou que os investimentos públicos no setor têm sido insuficientes e que é preciso atrair investidores privados. O senador citou um trabalho divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e intitulado "Portos Brasileiros: Diagnósticos, Políticas e Perspectivas", que contém um balanço geral do setor.

- Foi identificada uma necessidade imediata de investimento da ordem de praticamente R$ 43 bilhões. O problema é que pouco menos de R$ 10 bilhões foram alocados por intermédio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que ainda por cima tem problemas de execução - afirmou.

O senador acrescentou que no "apagão logístico" há o estabelecimento de uma situação de gargalo, de diminuição no fluxo de trabalho, ainda que sem a interrupção das atividades. Ele disse que, num momento favorável para a expansão da economia brasileira, há o risco de crescimento menor que o possível, pela incapacidade de colocar produtos no mercado mundial na velocidade e volume necessários.

Outro problema apontado por Roberto Cavalcanti é o marco legal que, segundo ele, "não parece estar dando conta do recado", além do setor portuário estar mergulhado num debate improdutivo sobre a concessão de portos e se há ou não concorrência desleal entre portos públicos e privados.



31/05/2010

Agência Senado


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