Rollemberg considera espionagem norte-americana na Petrobras de “extrema gravidade”
Em discurso nesta segunda-feira (9), o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) classificou como de “extrema gravidade” e “inaceitável” a espionagem do governo norte-americano sobre a Petrobras. O fato foi revelado em reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo, nesse domingo (8).
- Demonstra-se claramente uma postura inaceitável de atentado grave à soberania brasileira, buscando, inclusive, adquirir segredos e informações fundamentais da Petrobras, seja no que se refere às tecnologias desenvolvidas pela Petrobras em prospecção de petróleo em águas profundas, reconhecidamente a tecnologia mais avançada do mundo, como também buscando saber o potencial dos campos de petróleo do pré-sal – avaliou.
O senador sugeriu que a presidente Dilma Rousseff cancele a visita oficial aos Estados Unidos agendada para outubro. Ele também aconselhou que o Brasil proíba que empresas estadunidenses participem dos próximos leilões para exploração de campos petrolíferos na camada pré-sal brasileira.
Rollemberg registrou que, também em outubro, a Petrobras vai realizar leilão do campo Libra, um dos maiores do pré-sal nacional.
- É muito provável que a espionagem tenha recolhido informações estratégicas sobre esse campo, informações que outras empresas, que as empresas de todo o mundo não têm e que apenas as empresas americanas teriam – observou.
7 de setembro
O senador também lamentou os episódios de violência entre manifestantes e policiais ocorridos em várias cidades do Brasil no sábado (7), Dia da Independência.
Segundo Rollemberg, alguns policiais militares usaram violência excessiva contra manifestantes e até contra jornalistas e fotógrafos que estavam trabalhando na cobertura dos eventos.
O parlamentar disse que também condena violências e depredações cometidas por manifestantes e pediu que o governo do Distrito Federal apure os policiais responsáveis pelos excessos cometidos pela Polícia Militar.
- Cabe, sim, à Polícia, nesses casos, agir com firmeza para evitar danos às pessoas ou ao patrimônio, mas não podemos admitir excessos individuais. Muitas vezes, a violência acaba estimulando mais violência. Para zelar da própria imagem da corporação, é importante investigar, averiguar e punir os excessos cometidos por alguns policiais – pontuou.
09/09/2013
Agência Senado
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