Rollemberg defende manutenção de Brasília como patrimônio cultural da humanidade




Em discurso no Plenário nesta segunda-feira (6), o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) informou que uma comissão da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) vai realizar uma visita a Brasília no próximo mês de março. O objetivo da visita é avaliar se a cidade deve entrar na lista dos patrimônios culturais ameaçados.

Rollemberg lembrou que, há dez anos, a Unesco visitou a cidade e registrou várias observações como invasões de áreas públicas, ocupação inadequada das margens do lago Paranoá e má conservação dos monumentos públicos. Segundo o senador, situações como essas podem comprometer o título de Brasília como patrimônio da humanidade.

Rollemberg recordou que Brasília foi declarada patrimônio cultural da humanidade pela Unesco em 1987, após um movimento liderado pelo então governador do Distrito Federal, José Aparecido de Oliveira.

- Se não fosse aquele gesto, a cidade já teria sido degradada pela especulação imobiliária - disse.

O parlamentar lamentou a existência, conforme afirmou, de "uma elite empresarial da área imobiliária que busca lucros exagerados, com desrespeito ao tombamento da cidade". Brasília, disse o senador tem 112 quilômetros quadrados de área tombada, a maior do mundo. O senador também ressaltou o potencial turístico da cidade e citou como exemplos a realização de eventos como congressos, feiras e o turismo cívico.

- A posição da população do Distrito Federal é de que Brasília deve continuar como patrimônio da humanidade. O governo deve tomar todas as providências para a cidade não perder esse título - disse.

Rollemberg pediu que políticos, empresários, acadêmicos e todos que amam a cidade defendam um modelo de desenvolvimento compatível com o fato de a cidade ser patrimônio cultural da humanidade.

- Seria uma perda econômica e cultural muito grande se Brasília perdesse esse título. Todos os brasilienses e todos os brasileiros devem se unir para defender Brasília - concluiu.



06/02/2012

Agência Senado


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