Rollemberg: é preciso compreender que biodiversidade produz riqueza



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Ex-presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) não defende apenas a preservação da biodiversidade nacional; o senador ressalta que a biodiversidade pode gerar muitas riquezas, beneficiando tanto o empresariado como a população em geral. Para que isso aconteça, é preciso fortalecer a interação entre o setor produtivo e o governo e utilizar as pesquisas científicas para ampliar os conhecimentos nessa área.

Rollemberg fez essas afirmações durante o Colóquio Internacional sobre a Rio+20 e Biodiversidade, promovido nesta sexta-feira (26) por duas comissões do Senado: a Comissão de Meio Ambiente (CMA) e a Comissão de Relações Exteriores (CRE), presidida pelo senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES). Um dos objetivos do encontro foi discutir o documento O Futuro que Queremos, publicado ao final da Rio+20.

Ao ser questionado se os empresários brasileiros reconhecem a importância do desenvolvimento sustentável, Rollemberg lembrou que o encontro contou com a partipação de representares desse setor, como foi o caso de Marina Grossi, presidente-executiva do Centro Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável.

– Isso demonstra que os empresários modernos estão percebendo que o respeito à biodiversidade gera grandes oportunidades de negócios, tanto para eles como para as populações, e especialmente para as populações que vivem dessa biodiversidade – disse.

Metas de Aichi

Para que o país continue no caminho do desenvolvimento sustentável defendido no documento O Futuro que Queremos, Rollemberg assinala que é necessário implementar as Metas de Aichi – estabelecidas na conferência que a Organização das Nações Unidas (ONU) realizou em 2010 na cidade de Nagoya, no Japão.

O senador relembrou os cinco objetivos estratégicos definidos na ocasião (que são compostos, cada um, por várias metas mais específicas):

1 - Tratar das causas fundamentais de perda de biodiversidade fazendo com que preocupações com biodiversidade permeiem governo e sociedade;
2 - Reduzir as pressões diretas sobre biodiversidade e promover o uso sustentável;
3 - Melhorar a situação de biodiversidade protegendo ecossistemas, espécies e diversidade genética;
4 - Aumentar os benefícios de biodiversidade e serviços ecossistêmicos para todos;
5 - Aumentar a implementação por meio de planejamento participativo, gestão de conhecimento e capacitação.

Ao comentar o papel do Congresso, Rollemberg observou que, além dos debates abertos ao público (como é o caso desse colóquio, que contou com a participação de especialistas estrangeiros e da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira), os parlamentares podem aperfeiçoar a legislação sobre a área.

Como exemplo, Rollemberg lembrou que o Senado aprovou anos atrás um projeto que altera a lei de acesso aos recursos genéticos – atualmente, essa matéria tramita na Câmara dos Deputados (PLS 306/1995 no Senado e PL 4842/1998 na Câmara). Ao ressaltar que essa lei precisa ser aperfeiçoada, ele acrescentou que é fundamental a participação da comunidade científica e do setor produtivo nessas discussões.



26/04/2013

Agência Senado


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