ACM soube compreender como poucos o papel do Congresso, diz Arruda



O líder do governo no Senado, José Roberto Arruda (PSDB-DF) destacou que Antonio Carlos Magalhães, que se despede da Presidência da Casa nesta terça-feira (dia 13), soube compreender, como poucos, o papel do Congresso. Na linha de defesa do Parlamento, afirmou, Antonio Carlos é caracterizado por bater de frente, de forma transparente, e por preservar o direito das minorias, o que é reconhecido pelos partidos de oposição.

Para o senador, a grandeza do Legislativo é o maior legado deixado por Antonio Carlos, com momentos em que o Senado foi o pólo de atração na política nacional. Sob sua presidência, disse Arruda, a "democracia cresceu". A inauguração da sede da Interlegis - a rede virtual que ligará todas as casas legislativas do país - ocorrida hoje, é o exemplo disso, frisou. Para Arruda, esse é o primeiro ato concreto da passagem da democracia representativa para a democracia participativa. Segundo o senador, outra iniciativa de Antonio Carlos, a criação do Fundo de Combate à Pobreza, já bastaria para inscrever sua gestão na história da política brasileira.

Arruda afirmou que não esquecia algumas palavras ditas por Antonio Carlos, especialmente quando, em 4 de janeiro de 1999, derrotado na campanha para governador do Distrito Federal, deixava a liderança do governo. Ao assinalar que Antonio Carlos tem a mesma grandeza do seu filho, o falecido deputado Luís Eduardo Magalhães, Arruda disse ter certeza de que ele acompanhava, naquele instante, os passos do presidente do Senado.

Em resposta, Antonio Carlos Magalhães disse que a saída de Arruda da liderança do governo, em 1999, foi boa para que o governo visse, mais tarde, que precisava dele. "Sua recondução é fruto do seu trabalho". O presidente da Casa disse que as palavras de Arruda o comoveram, especialmente quando mencionou Luís Eduardo. Emocionado, o senador disse que, depois de 21 de abril de 1998, data do falecimento de Luís Eduardo, a inspiração de todos os seus atos na vida é o seu filho.

Antonio Carlos destacou, ainda, que a única exigência que se deve fazer para a convivência de todos na Casa é a moralidade.

- Ninguém vai crescer abandonando a ética e a moralidade. O Senado tem que dar um exemplo ao Brasil de que a moralidade é a linha de condução do seu destino. A ética e a moralidade levam o indivíduo às alturas. Ao contrário, os que não são éticos descem a cada dia e se aprofundam na lama da corrupção. Os que colaboram para isso também vão ficar marcados. Não por nós, mas na sua consciência. Os que votarem errado, vão votar com problemas na sua consciência - disse.

13/02/2001

Agência Senado


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