Rollemberg lembra os 53 anos de Brasília e discurso de JK em homenagem a operários



Em pronunciamento nesta segunda-feira (22), o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) saudou a passagem dos 53 anos de Brasília, comemorados no domingo (21), e lembrou discurso de Juscelino Kubitschek feito em abril de 1960, na véspera da inauguração da cidade, dedicado aos operários que participaram da construção da capital.

Para Rollemberg, não foi por acaso que Juscelino reverenciou primeiro as pessoas do que a cidade, pois ele tinha plena consciência de que as bases da nova capital não estavam alicerçadas apenas nas construções e nos Poderes ali institucionalizados na vida política do país.

No discurso, JK refere-se aos operários: “Meus amigos e companheiros de lutas, soldados da epopéia da construção de Brasília, recebo, profundamente emocionado, a chave simbólica da cidade, filha do nosso esforço, da nossa crença, de nosso amor a este país. Sou apenas o guardião desta chave. Ela é tão minha quanto vossa, quanto de todos os brasileiros”.

Rollemberg disse que JK "sabia que as bases de Brasília eram humanas, edificadas principalmente pela força de seu povo, pelos irmãos de suor e luta que mantiveram o ritmo intenso da construção, escrevendo a história com as próprias vidas”.

Rollemberg ressaltou ainda que JK "agia em diálogo com o sentimento e a razão, o próprio sentido do homem cordial brasileiro, do historiador Sérgio Buarque de Holanda, que remete ao coração como pulso e bússola, sem que isso significasse um ser de dócil passividade imobilizadora ou covarde ante a justa indignação contra a injustiça e desmandos".

- Estes sentimentos oferecem, hoje, a motivação para enfrentar a fase turbulenta por que passa a capital, 53 anos depois. O quadro de abandono e desvio das originais missões que legitimam a existência de Brasília nos pede, hoje, respostas diretas sobre problemas herdados e novos, causados pela incompetência política e administrativa da atual equipe do Buriti – afirmou.

Rollemberg disse que é preciso retomar “este espírito de Brasília, esta força simbólica e mobilizadora que lançou as bases da nossa capital e que hoje precisa voltar em sua essência, obviamente sob uma nova linguagem, com outros atores, outras frentes de revitalização, mas fundada sempre nas bases coletivas que ergueram Brasília, pela decisão de não permitir que o sonho original da nossa capital seja citado apenas como vaga lembrança de uma utopia abortada”.

Em aparte, o senador José Pimentel (PT-CE), agraciado com o titulo de Cidadão de Brasília, salientou que JK, além de ser um excelente gestor público e excelente político, também tinha muita clareza dos desafios que tinha na construção de Brasília e nas suas políticas de metas para todo o Brasil.

Já o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) lamentou que a capital seja associada de forma injusta "à corrupção e a coisas mal feitas”. Ele disse que o povo de Brasília “é um povo de bem, um povo guerreiro”, e que quem já está há muito tempo na cidade aprende a compreender que Juscelino tinha realmente que interiorizar a capital do país”.

Por sua vez, a senadora Ana Amélia (PP-RS) disse que adotou Brasília como sua, e lembrou trecho em que a escritora Clarice Lispector (1920-1977)  afirma que “Brasília é de um passado esplendoroso que já não existe mais”.



22/04/2013

Agência Senado


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