Romero Jucá acha possível oposição continuar negociando com o governo



Em entrevista à imprensa nesta segunda-feira (7) , após o término de reunião com os ministros das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, e do Planejamento, Paulo Bernardo, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse acreditar na possibilidade de os partidos de oposição continuarem negociando com o governo federal.

Segundo Romero Jucá, a quebra, pelo governo, do acordo de não elevação de impostos que permitiu a aprovação da Desvinculação de Receitas da União ( DRU ) foi motivada por uma nova avaliação da conjuntura internacional. Por essa análise, o Executivo, afirmou ele, concluiu que caso não fossem feitos os ajustes no orçamento fiscal e nas alíquotas dos tributos a economia brasileira ficaria exposta a riscos relevantes.

- Quantas vezes fiz acordo com a oposição aqui no Plenário para votar e de repente a oposição quebrou o acordo e deixou de votar. Nem por isso não estávamos no outro dia buscando o entendimento - disse.

Comentando declaração do presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), aconselhando-o a renunciar ao cargo de líder do governo, Romero Jucá recomendou à oposição primeiro ganhar a eleição, para então querer governar e indicar nomes para a liderança do governo.

Jucá informou ainda sobre proposta dos ministros Paulo Bernardo e José Múcio de realização de reunião com os líderes das bancadas da base do governo para a discussão do corte de R$ 20 bilhões do Orçamento de 2008, sugerido pelo governocomo forma de compensar a extinção da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira ( CPMF ).

Chamando a atenção para o fato de todos os cortes de recursos obrigatoriamente terem que passar pelo crivo do Congresso Nacional, Romero Jucá não descartou a possibilidade de redução nos valores destinados ao atendimento de emendas de bancada e de comissão.

- As emendas individuais já têm um valor definido pelo relatório preliminar do relator o Orçamento. Se o Congresso quiser mexer poderá, mas será mais difícil- afirmou.



07/01/2008

Agência Senado


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