Romeu Tuma comemora prisão de Salvatore Cacciola



O senador Romeu Tuma (DEM-SP) comemorou, nesta quarta-feira (19), em Plenário, a prisão, no último sábado (15), em Mônaco, pela Interpol, do ex-banqueiro Salvatore Cacciola. Ex-dono do Banco Marka, Cacciolla é acusado de ter causado prejuízo de R$ 1,6 bilhão aos cofres públicos quando, em 1999, em meio a uma crise cambial, obteve tratamento privilegiado do então presidente do Banco Central, Francisco Lopes.

O Banco Marka quebrou diante das conseqüências da crise da Rússia, em 1998. A instituição comprometeu 20 vezes seu patrimônio líquido em contratos de venda no mercado futuro de dólar. O BC, então, decidiu agir e socorrer o Marka, assim como o Fontecindam, e vendeu às instituições dólares em cotação abaixo da de mercado, sob a justificativa de que a não-interferência poderia gerar uma crise sistêmica no mercado nacional.

O esquema foi investigado na Comissão Parlamentar de Inquérito do Sistema Financeiro, a chamada CPI dos Bancos, que funcionou naquele ano. Para Tuma, o episódio lembra que é falsa a afirmação de que "CPI sempre acaba em pizza".

- Todos os resultados são encaminhados ao Ministério Público e aguardam no Judiciário, até que a condenação se realize. O sentimento de impunidade está, ao longo do tempo, sendo desmistificado - disse.

Tuma cumprimentou a Polícia Federal e o ministro da Justiça, Tarso Genro, que vêm trabalhando para que Cacciola seja extraditado para o Brasil, para que possa prestar contas pelos crimes cometidos no país. Ele está foragido desde 2000. Em 2005, foi condenado a 13 anos de prisão pelos crimes de peculato e gestão fraudulenta.



19/09/2007

Agência Senado


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