ROMEU TUMA HOMENAGEIA O INDUSTRIAL LEON FEFFER



Ao registrar a passagem do 76º aniversário de fundação da Companhia Suzano de Papel e Celulose, no último dia 15, o senador Romeu Tuma (PFL-SP) homenageou o fundador da empresa, Leon Feffer, que faleceu em fevereiro deste ano. - Desejaria ter feito este pronunciamento antes, em data mais próxima à do passamento de meu querido amigo. Todavia, as circunstâncias não me permitiram fazê-lo - esclareceu. O senador informou que a companhia foi fundada três anos depois da chegada ao Brasil de Leon, que nasceu em Rovno, na Rússia, e disse que a história do empreendimento confunde-se com a da indústria de papel e celulose no país. Informou ainda que a Suzano possui capacidade instalada para produzir, por ano, 555 mil toneladas de papel e 420 mil toneladas de celulose ECF (livre de cloro elementar), o que lhe confere o título de segunda maior fábrica integrada da América Latina. Atualmente, a empresa é presidida por Max Feffer, "filho daquele que foi brasileiro por escolha própria". Para Tuma, o grande momento da experiência de Leon como empresário na área de celulose ocorreu em 1951, após uma década de dificuldades impostas pela escassez de celulose de pinus, a matéria-prima de papel totalmente importada.- Leon enveredou pelas pesquisas sobre o eucalipto para substituir o produto importado. Seis anos depois, de forma pioneira, dava início à produção industrial de papel feito totalmente a partir da fibra de eucalipto: uma revolução no setor, que permitiu ao país passar da condição de importador à de exportador de celulose.Durante a homenagem, Tuma lembrou que Leon Feffer era "venerado como uma espécie de patriarca da comunidade judaica." Lembrou também que, em 1995, o industrial foi considerado pela revista Forbes como o quinto brasileiro mais rico, com patrimônio de US$1,6 bilhão. No mesmo ano, a companhia chegou à posição de maior produtor de cartões de alta qualidade na América Latina, detendo 32% da produção nacional, ao mesmo tempo em que mantinha a de líder do segmento de papel couché, com 58% da produção. Ainda conforme informações do senador, a Cia. Suzano mantém três unidades industriais de papel e celulose em São Paulo e o grupo cresceu e diversificou-se, tornando-se importante também na área petroquímica e abrangendo as empresas Bahia Sul Celulose, Igarás Papéis e Embalagem, Politeno, Polibrasil, Petroflex e Copene.

21/06/1999

Agência Senado


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