Romeu Tuma recorda o sofrimento da família e do povo durante agonia de Tancredo no hospital



O senador Romeu Tuma (PTB-SP) fez um relato em Plenário nesta quarta-feira (3), durante sessão solene do Congresso em homenagem ao Centenário da morte de Tancredo Neves, sobre os mais de 20 dias em que acompanhou os familiares do presidente eleito pelo Colégio Eleitoral, no Instituto do Coração (Incor), em São Paulo, até o anúncio de sua morte por seu assessor de imprensa, Antônio Britto, no dia 21 de abril de 1985.

- A coisa mais amarga foram aqueles 20 e poucos dias que passei no hospital. O jovem neto Aécio, Francisco Dornelles, o assessor de imprensa Brito explicando à população o que acontecia a cada hora, e Tancredo operado sete vezes - recordou.

Tuma, que na ocasião esteve envolvido na segurança de Tancredo Neves, devido à multidão que permanecia à frente do hospital, relatou que, em determinado momento, a família contratou um especialista em Unidade de Terapia Intensiva dos Estados Unidos. Ao levá-lo para o aeroporto poucos dias depois, Tuma ouviu dele que as medidas tomadas foram paliativas, apenas para prolongar a vida, mas que sua morte era inevitável.

O senador encerrou seu discurso, emocionado, ao falar sobre a multidão que, juntamente com ele, se debruçou sobre o caixão de Tancredo Neves.

- Ele representava a esperança do povo na redemocratização do país. O povo estava sofrendo com a falta que ele iria fazer - afirmou.



03/03/2010

Agência Senado


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