RONALDO CUNHA LIMA CRITICA EDITORIAL DA "FOLHA DE S. PAULO"



O senador Ronaldo Cunha Lima (PMDB-PB) considerou hoje (dia 21) "maniqueísta" o editorial "Justiça ou Lei do Cangaço?" publicado pelo jornal Folha de S. Paulo no último sábado (dia 18). "É muita coincidência que, após eu ter defendido o projeto de lei do senador Roberto Requião sobre direito de resposta, esse jornal renova fatos que me envolveram quando eu era governador da Paraíba", disse o senador, lendo carta que enviou à Folha de S. Paulo.

- Já fui julgado e absolvido pelo povo do meu estado, que me conferiu consagradora votação e uma eleição inédita para um ex-governador. Esse povo agiu assim por conhecer em profundidade as minhas razões e minha história. Tenho certeza de que o julgamento que a Paraíba fez qualquer tribunal fará, tendo em vista um fato ocorrido em instante inesperado e desesperado da minha vida, em que era refém dos meus sentimentos e prisioneiro das emoções próprias do homem, mas, acima de tudo, do pai - afirmou.

Ronaldo Cunha Lima lembrou que, ao assumir no Senado, apresentou duas propostas de emenda constitucional em relação a imunidade parlamentar, "embora reconheça o princípio adotado em todos os países de que a imunidade é uma garantia do Parlamento e não privilégio do parlamentar". Conforme explicou, uma das propostas permite o processo do parlamentar independentemente da licença do Congresso Nacional e a outra transfere para o tribunal de júri a competência sobre alguns crimes cometidos por parlamentares.

O senador declarou confiar que, mesmo ainda não concluída a votação do projeto do senador Roberto Requião, a sua resposta enviada à Folha de S. Paulo merecerá o mesmo espaço dedicado ao editorial, "cujo título maniqueísta não condiz com a linha do conceituado jornal, até porque as discriminações são impróprias à modernidade e à consciência ético-jurídica nacional".

Em aparte, o senador Humberto Lucena (PMDB-PB) destacouque quem conhece o senador Ronaldo Cunha Lima sabe que ele é um homem "fraterno por natureza e incapaz de fazer o mal a quem quer que seja".

ACM

O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, na direção dos trabalhos, solidarizou-se com Ronaldo Cunha Lima, afirmando que, durante todo o tempo que o conhece, ele tem ajudado bastante para colocar o Senado numa posição de destaque na política nacional.

- Tenho relacionamento muito bom com a imprensa de todo o país, em particular com a Folha de S. Paulo. Entretanto, não é admissível que a imprensa, ao discordar de um senador, queira atribuir-lhe juízos como os que foram feitos ao senador Ronaldo Cunha Lima. Essa atitude não pode ter o nosso apoio no Senado - afirmou Antonio Carlos Magalhães.



21/10/1997

Agência Senado


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