Rondônia tem investimento para recuperar áreas desmatadas



O Fundo Amazônia, administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), aprovou nesta semana investimento de  R$ 9,2 milhões para o Centro de Estudos da Cultura e do Meio Ambiente da Amazônia (Rioterra). Os recursos serão destinados a ações junto a agricultores familiares e assentados da reforma agrária residentes nos municípios de Itapuã do Oeste, Machadinho d’Oeste e Cujubim, em Rondônia.

O apoio visa ao desenvolvimento de Sistemas Agroflorestais (SAFs) para a recuperação de áreas desmatadas e geração de renda, a partir do plantio e da realização de pesquisas de culturas selecionadas e adaptadas ao tipo de solo e clima da região. 

Os SAFs são formas de uso ou manejo da terra em que se combinam espécies de árvores com cultivos agrícolas. O objetivo é fazer com que a recuperação de áreas degradadas, por meio de culturas com diferentes ciclos produtivos, resulte na produção de alimentos em prazos variados, conjugando, assim, melhoria ambiental com geração de renda e segurança alimentar.

Os três municípios de abrangência do projeto têm a maior parte de suas florestas conservadas, mas estão situados no limite da fronteira de desmatamento no estado, que tem 36% de sua área desmatada, o maior percentual da Amazônia. Dessa forma, a estratégia é formar uma barreira de proteção no entorno dos remanescentes florestais, priorizando áreas próximas de unidades de conservação e de maior fragilidade ambiental desses municípios.

O projeto, com prazo de implementação de quatro anos, inclui as seguintes ações como, por exemplo: apoio à regularização ambiental de propriedades mediante a realização do Cadastramento Ambiental Rural de agricultores familiares, recuperação de 500 hectares de áreas degradadas ou alteradas, com implantação de sistemas agroflorestais, e intercâmbio de experiências, capacitação em boas práticas de manejo e assistência técnica rural e parcerias com universidades públicas e poder público local para a realização de estudos de solo e paisagem, seleção de espécies e produção de mudas.

Fundo Amazônia

O Fundo Amazônia foi desenvolvido para parar o desmatamento ilegal e promover a utilização sustentável das florestas. Este Fundo se concentra na redução das emissões de gases do efeito estufa causados pelo desmatamento da Amazônia e segue os princípios aprovados pela REDD durante as negociações internacionais sobre as mudanças de clima. No Brasil, os governos federal, estaduais e municipais, assim como instituições científicas e ONGs têm direito ao Fundo. 

Em outubro de 2012, o Fundo Amazônia aprovou um suporte financeiro de aproximadamente US$ 194 milhões para 34 projetos realizados por organizações da sociedade civil e por agências dos governos municipais e estaduais. 

Há seis áreas prioritárias para a utilização dos recursos do Fundo Amazônia: 

?- Gerenciamento de florestas públicas e áreas protegidas; 

-? Gerenciamento florestal sustentável; 

-? Atividades econômicas desenvolvidas a partir do uso sustentável das florestas;

-? Zoneamento ecológico e econômico, ordenança territorial e regularização das terras;

-? Utilização sustentável e conservação da biodiversidade; e

-? Restauração de áreas desmatadas.

Fonte:
BNDES



30/08/2013 20:20


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