SAÍDA DOS ENVOLVIDOS ENCERRA CASO DO GRAMPO, ENTENDE ACM



O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, disse nesta sexta-feira, dia 27, acreditar que a polêmica envolvendo a gravação clandestina de conversas entre autoridades durante o processo de privatização da Telebrás "é um problema ultrapassado", em função do fato de todos os envolvidos terem deixado o governo.O senador estava referindo-se à saída, no início da semana, do ministro das Comunicações, Luiz Carlos Mendonça de Barros, e do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), André Lara Rezende, e ao pedido de demissão, ontem (26), do diretor da Área Internacional do Banco do Brasil, Ricardo Sérgio de Oliveira.Esse fato e as demais providências tomadas pelo governo para investigar a fundo o episódio, acionando a Polícia Federal e o Ministério Público, na avaliação do senador, encerram o episódio. "Vamos ver como a Câmara e o Senado vão reagir", acrescentou, reafirmando seu desejo de que não haja mais problemas com o Congresso em torno disso. "Mas, não posso garantir".Antonio Carlos destacou a importância de os parlamentares terminarem a votação do ajuste fiscal e colaborarem para que o país possa diminuir o desemprego e crescer dentro de um conceito de desenvolvimento sustentado. Ele voltou a pregar a implementação de uma "agenda positiva", com a promoção das reformas e iniciativas que coloquem "o país no lugar certo".LIMINAR Com relação à liminar concedida por um juiz federal do Rio de Janeiro, proibindo qualquer pagamento extra aos parlamentares durante a convocação extraordinária prevista para o início de 99, o presidente do Senado e do Congresso Nacional afirmou: "Somos cumpridores das decisões da justiça, mas sempre dos órgãos superiores".

27/11/1998

Agência Senado


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