SAÍDA PARA GUERRA NA IUGOSLÁVIA É DIPLOMÁTICA, DIZ CUNHA LIMA



A saída para a "guerra cirúrgica" promovida pela Organização dos Países do Atlântico Norte (Otan), disse nesta segunda-feira (dia 26) o senador Ronaldo Cunha Lima (PMDB-PB), "há de ser diplomática, do contrário um massacre substituirá outro massacre".Prevista para ser rápida e apenas aérea - daí o qualificativo "cirúrgica" -, a intervenção da Otan na Iugoslávia, realizada em nome da defesa dos direitos humanos e em favor da minoria albanesa, "já se prolonga demais", afirmou.O senador destacou matéria publicada pela revista Veja, "completa, erudita e bem escrita", em que são salientadas as diferenças da guerra na Iugoslávia - "pós-moderna" - em relação aos outros conflitos que marcaram o século 20 com a morte de 60 milhões de pessoas: os ataques seriam através de bombas mais poderosas e sofisticadas que as utilizadas em Hiroshima e Nagasaki, "nada de tanques, tropas a pé", nem de soldados americanos mortos. Outro diferença no conflito atual diz respeito à "doutrina da intervenção humanitária" que o embasa, conforme alegam os países reunidos na Otan, observou Cunha Lima. Os ataques ao Iraque de Sadham Hussein, exemplificou, tiveram por objetivo evitar que ele estendesse seu poder à Arábia Saudita e, por conseqüência, à "metade das reservas mundiais do combustível da civilização".

26/04/1999

Agência Senado


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