Santa Catarina prioriza crédito



"A melhor ação universitária do estado de Santa Catarina para o acesso ao ensino superior é o artigo 170 da Constituição estadual". A informação, da secretária de Educação daquele Estado, Miriam Schilickmann, ao presidente da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, deputado Onyx Lorenzoni (PFL) e à deputada Iara Wortmann (PMDB), demonstra a preocupação do governo em assegurar o ingresso ao 3º grau. Conforme a secretária catarinense, o atual governo entende que a missão de uma Universidade Estadual, como a UDESC, é atender aos interesses da população e não dos governantes de plantão, por isso, há dois anos o governo disponibiliza R$ 15 milhões para assegurar o acesso da população carente ao ensino superior beneficiando 18 mil estudantes. O processo de seleção é feito através da análise da situação econômico-fnanceira do aluno pela instituição, professores e a fiscalização do Ministério Público. A renda per capita familiar não pode ser superior a R$ 150,00. Após a reunião, os parlamentares visitaram o campus da UDESC e conhecer a proposta idealizada pela direção para priorizar a demanda dos alunos catarinenses. Segundo o reitor da UDESC, Raimundo Zumblick, o mecanismo encontrado adota como fórmula de ingresso o vestibular vocacionado, ou seja, as provas são diferentes para cada curso e exigem além dos conhecimentos específicos, que o candidato conheça a história de Santa Catarina. Conforme destaca Zumblick, a inovação modificou o perfil dos alunos – a idade média é 25 anos – superior a média das demais universidades que é de 19 anos e, permitiu que nenhum novo curso fosse criado, privilegiando desta forma, a qualidade do ensino oferecido. Para os parlamentares a visita ao campus da UDESC permitiu ainda conhecer alguns dos entraves enfrentados como a folha de pagamento que chegou a atingir 102% do orçamento. Atualmente 49% do Orçamento de R$ 54 milhões se destinam ao pagamento do corpo docente. Segundo Onyx, estas visitas vão possibilitar aos parlamentares corrigir as distorções do projeto encaminhado pelo Executivo e evitar que os mesmos eqüívocos sejam repetidos na instalação da UERGS. ‘Já pudemos constatar que muitos dos mecanismos apontados como solução na época de instalação da UDESC, hoje são problemas que precisam ser sanados", observa. Outro ponto que merece ser discutido na opinião da deputada Iara Wortmann, é definir para quem está sendo criada a Uergs e para que?. Segundo ela, respondidas estas perguntas muitas distorções serão evitadas e possibilitarão a definição do rumo da discussão. Ou seja, se é através da criação de uma universidade que se garante a democratização do acesso à universidade.

03/26/2001


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