São José do Norte recebe Relatório Azul hoje à noite



Pequenos produtores rurais, pescadores e a comunidade em geral de São José do Norte recebem a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos (CCDH) da Assembléia Legislativa, hoje à noite, a partir das 20h, para o lançamento do Relatório Azul 2000/2001 na cidade. O ato será realizado no Salão do Borboleta (Rua Almirante Tamandaré, s/nº - próximo à balsa), quando o presidente da CCDH, deputado Roque Grazziotin (PT), falará sobre a importância dos direitos econômicos, sociais e culturais para garantir a dignidade da pessoa, ao mesmo tempo em que abordará os principais temas da agenda de Direitos Humanos constantes do Relatório.

"Certamente não é por outro meio, senão o do conhecimento e o da conscientização, que os cidadãos poderão exigir políticas públicas compatíveis com a dignidade humana, tornando os Direitos Humanos marcos nos quais a economia e a política devem operar", declarou o deputado.
Defensor incondicional da organização popular como forma de se exigir dos governos o cumprimento dos Direitos Humanos, Padre Roque diz que hoje é impossível falar-se em dignidade humana sem a concretização do direito ao trabalho, à moradia, à educação, à saúde e a todos os demais direitos que considera fundamentais. Acrescentou que a escolha da ilustração da capa, de autoria do cartunista gaúcho Edgar Vasques, "já expressa o primeiro dos direitos fundamentais que todo o ser humano tem para manter-se vivo: o direito à alimentação".

Por que Relatório Azul?
O Relatório Azul é uma publicação anual da CCDH, que procura oferecer um panorama das violações e garantias dos Direitos Humanos no Estado do Rio Grande do Sul. Os diferentes temas abordados a cada edição refletem a natureza do trabalho desenvolvido por esta Comissão parlamentar no ano anterior ao seu lançamento e permitem o monitoramento das políticas públicas específicas desenvolvidas no Estado, bem como o acompanhamento da evolução política e cultural da sociedade como um todo. Pela forma como é concebido, o Relatório Azul é, em si mesmo, um projeto de luta e afirmação dos Direitos Humanos, que tem referenciado o trabalho de inúmeras entidades da sociedade civil e pública.

O nome Relatório Azul foi, em grande medida, uma opção pragmática que permitiu destacar este trabalho do conjunto de outros relatórios produzidos cujos nomes, normalmente, não são lembrados. A escolha da cor azul, a única que é oferecida indistintamente a todos os seres humanos pela abóbada celeste, procura simbolizar a própria universalidade dos Direitos Humanos.

07/16/2002


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