São Paulo discute geração de energia a partir do lixo



Seminário aconteceu nesta quarta-feira, 17, na Assembléia Legislativa

O destino final dos resíduos sólidos é, atualmente, um dos grandes desafios do país tendo em vista o grande impacto ambiental que causam. Com a finalidade de discutir esta questão, a Assembléia Legislativa de São Paulo com o apoio das secretarias estaduais de Saneamento e Energia e do Meio Ambiente promoveram nesta quarta-feira, 17,  a segunda etapa do seminário O problema como parte da solução. O tema, Aproveitamento Energético do Lixo Urbano, trouxe o debate sobre as possíveis soluções para a destinação final dos resíduos sólidos.

A secretária estadual de Saneamento e Energia, Dilma Pena, representou o governador José Serra na abertura deste seminário e destacou que uma das possíveis soluções para este problema é a transformação dos resíduos sólidos urbanos em energia. De acordo com ela, são duas as possibilidades para disposição dos resíduos após a remoção dos recicláveis: depósito em aterros sanitários ou conversão em energia.

Também participaram da cerimônia o secretário-adjunto do Meio Ambiente, Pedro Ubiratan, o vice-presidente e diretor do departamento de meio ambiente da Fiesp, Nelson Pereira dos Reis, e os presidentes das assembléias legislativas dos Estados de São Paulo e Minas Gerais deputados Vaz de Lima e Alberto Pinto Coelho, respectivamente.

Lixo

A cidade de São Paulo produz diariamente cerca de 15.000 toneladas de lixo, o que seria o suficiente para gerar 300 MW médios. No caso do Brasil, segundo o IBGE, a produção de resíduos sólidos urbanos chega a 230.000 toneladas/dia que poderiam gerar até 5.000 MW médios, o que representa uma nova Usina de Itaipu, ou o dobro do que se espera gerar no complexo do rio Madeira.

“Os resíduos sólidos não recicláveis são considerados mundialmente como uma fonte limpa, confiável e renovável de energia. A geração a partir deste lixo é prática crescente em países desenvolvidos”, lembrou a secretária. Ela disse, ainda, que o impacto positivo desta tecnologia é muito grande. “Nos Estados Unidos, para cada tonelada de resíduos processado em uma planta de conversão de resíduos em energia, é evitada a importação de um barril de petróleo” exemplificou Dilma.

O  vice-presidente e diretor do departamento de meio ambiente da Fiesp, Nelson Pereira, vê com otimismo a iniciativa do poder público em discutir estas questões. “Esta solução tem duplo aspecto benéfico: disposição final adequada dos resíduos sólidos e geração de energia”, afirmou.

O deputado Vaz de Lima também se mostrou otimista. “Os aterros estão próximos à exaustão e corremos o risco de uma crise energética, transformar resíduos não recicláveis em energia ajuda a combater os dois problemas”, disse.

Da Secretaria Estadual de Saneamento e Energia

(I.P.)



10/17/2007


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