São Paulo volta a participar do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos



O estado de São Paulo voltou a integrar o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos (Para) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A decisão foi tomada em reunião, realizada na última quarta-feira (8), entre a Anvisa e o Centro de Vigilância Sanitária paulista (CVS-SP).

Com essa ação, o Para passará a monitorar a quantidade de resíduos de agrotóxicos em alimentos em todos os estados do País. “Consideramos um grande avanço para o programa, pois o estado de São Paulo tem a maior população do Brasil e grande importância na produção agrícola e na distribuição de alimentos para vários estados”, exalta o diretor da Anvisa, Agenor Álvares.

Encaminhamentos

Durante a reunião, ficou acordado que a Anvisa irá realizar uma capacitação sobre o programa para os fiscais do CVS-SP entre os dias 5 e 9 de março. Como resultado, já estão programadas coletas de amostras de alimentos nos mercados paulistas ainda no primeiro semestre”, explica Álvares. Além de representantes da Anvisa e da CVS-SP, participou da reunião o coordenador de Controle de Doenças da Secretaria de Saúde de São Paulo, Marcos Boulos.

O objetivo do Para, criado em 2001, é garantir a segurança alimentar do trabalhador brasileiro e a saúde do trabalhador rural. O programa funciona a partir de amostras de alimentos coletadas pelas vigilâncias sanitárias dos estados e municípios em supermercados. 

Em 2010, o programa monitorou os resíduos de agrotóxicos em 18 culturas: abacaxi, alface, arroz, batata, beterraba, cebola, cenoura, couve, feijão, laranja, maçã, mamão, manga, morango, pepino, pimentão, repolho e tomate. Apesar de as coletas não serem de caráter fiscal, o programa tem contribuído para que os supermercados qualifiquem seus fornecedores e para que os produtores rurais adotem integralmente as boas práticas agrícolas.

O programa motivou a criação do Grupo de Trabalho de Educação e Saúde sobre Agrotóxicos (Gesa), integrado por diferentes órgãos e entidades. O grupo tem como objetivo elaborar propostas e ações educativas para reduzir os impactos do uso de agrotóxicos na saúde da população, implementar ações e estratégias para incentivar os sistemas de produção integrada e orgânicos e, no caso dos cultivos convencionais, orientar o uso racional de agrotóxicos.

O trabalho do Gesa já resultou na publicação de uma cartilha educativa com dicas de como evitar intoxicações por agrotóxicos e com informações sobre o uso seguro desses produtos. No total, foram impressos 20 mil exemplares da cartilha, distribuídos aos órgãos de vigilância sanitária estaduais, Associação Brasileira de Supermercados, Ministério da Agricultura, Ministério da Saúde e Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).

 

Fonte:
Anvisa



09/02/2012 21:08


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