Sarney diz que não indicou Pedro Novais para o Turismo
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse nesta terça-feira (9) que o ministro do Turismo, o peemedebista Pedro Novais, não foi indicado por ele para ocupar a pasta. A resposta foi dada à imprensa após questionamentos sobre a Operação Voucher da Polícia Federal que prendeu 38 pessoas nesta manhã no Ministério do Turismo.
- Essa é uma afirmação que não foi bem apurada pela imprensa, uma vez que o ministro não foi indicação minha. No acordo com o PMDB, a Câmara dos Deputados, através de sua bancada, ficou de indicar para o Ministério do Turismo, e a bancada do Senado, para Minas e Energia. Mas pelo que conheço dele, trata-se de um homem de reputação ilibada - afirmou.
Dentre os presos na operação da PF, está o secretário-executivo do Ministério do Turismo, Frederico Silva da Costa, cargo mais importante da pasta depois do de ministro. Sarney disse não conhecer o ocupante da função.
- Eu, por exemplo, não conheço quem é esse secretário que foi preso. Não sei nem o seu nome. Nunca o vi - afirmou o presidente do Senado.
Apesar de reconhecer que a notícia da operação realizada pela PF em uma pasta chefiada pelo PMDB desgaste a imagem do partido, Sarney defendeu a realização de investigações e voltou a afirmar que "nenhum ministério está isento de qualquer investigação".
- Eu acho que, pelo que li, a investigação se refere ao secretário-executivo do Ministério. Não tem dúvida que um assunto dessa natureza desgasta o partido. Agora, acho que deve se investigar o máximo possível até onde se possa investigar - disse.
De acordo com a assessoria da Polícia Federal, a Operação Voucher, realizada em conjunto com o Tribunal de Contas da União (TCU) e com o apoio do Ministério Público Federal, tem o objetivo de combater o desvio de recursos públicos destinados ao Ministério do Turismo por meio de emendas parlamentares ao Orçamento da União.
Segundo a PF, as investigações indicam fortes indícios de desvios de recursos públicos na execução de convênios do Ministério do Turismo, tendo por objeto a capacitação profissional para o turismo.
Entre as prisões decretadas, estão as do secretário-executivo do Ministério do Turismo, servidores públicos, diretores e funcionários do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável - IBRASI, e empresários.
09/08/2011
Agência Senado
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