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De acordo com Sarney, o que deve ser adotado é um sistema híbrido em que, nos gabinetes dos senadores, os chefes controlarão a frequência dos funcionários ali lotados, enquanto os demais servidores da Casa registrarão o ponto em um equipamento eletrônico. "Essa é uma decisão da 1ª Secretaria com a qual eu estou inteiramente de acordo. Acho que vamos instalar imediatamente o ponto eletrônico", acrescentou ele.

Indagado pelos jornalistas se o Senado tem uma "caixa-preta" que pouco a pouco está vindo à tona por meio de matérias publicadas pelos jornais, Sarney respondeu:

- Não existe caixa-preta nenhuma. Todas as nossas decisões são abertas e tomadas na presença de vocês aqui. A fiscalização aqui é diária. Nossas decisões são abertas.

- Mas, presidente, não é possível passar isso tudo a limpo? - indagou-lhe uma jornalista.

- O que você chama de passar a limpo? O Senado tem cumprido rigorosamente com todos os seus deveres. Estamos resolvendo os problemas mais que os outros, mas nem sempre podemos evitar que ocorram desvios.

Sarney disse ainda que o Senado prima pela absoluta transparência em suas ações. E se disse até grato à imprensa porque, desde que tomou posse na Presidência da Casa, a visibilidade da instituição está aumentando.

- Acho que aqui há uma transparência total. Nós somos hoje o grande alvo. Somos o boi de piranha.

Na mesma entrevista, ele foi indagado sobre a discussão, em curso na Câmara dos Deputados, para adicionar-se a verba indenizatória de R$ 15 mil aos vencimentos dos parlamentares. Sarney disse que é necessário encontrar imediatamente uma solução para isso, mas que essa é uma questão a ser decidida em conjunto por Câmara e Senado.

Teresa Cardoso / Agência Senado

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