Sarney elogia trabalho do TSE nas eleições de 2002



O presidente do Senado, José Sarney, participou nesta quinta-feira (4), ao lado do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Maurício Corrêa, e do presidente e do vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministros Nelson Jobim e José Paulo Sepúlveda Pertence, da cerimônia de lançamento do Relatório das Eleições 2002, no Salão Nobre. A publicação foi editada pelo TSE e impressa pelo Senado.

Sarney ressaltou a transparência alcançada nas últimas eleições, garantida pela utilização das urnas eletrônicas, e disse que a informatização foi um grande avanço para a consolidação da democracia no país, porque atingiu -o principal instrumento da cidadania, que é o voto-.

- As futuras gerações de cientistas políticos vão se debruçar sobre este livro, que é uma radiografia dos primeiras eleições brasileiras totalmente informatizadas. Esta obra vai ficar na nossa história, graças ao trabalho eficiente e exemplar da Justiça Eleitoral, que o Senado publica, prestando mais um serviço ao povo brasileiro. A Justiça Eleitoral brasileira é exemplar, não só para nós, mas um exemplo para o mundo inteiro - afirmou.

Em seu pronunciamento, Jobim fez uma apresentação do trabalho, que traz desde a legislação que regeu a propaganda eleitoral e a realização do pleito, até uma análise do desempenho eleitoral dos candidatos e partidos políticos detalhados por base geográfica. Já Sepúlveda Pertence referiu-se ao mandato de Sarney como presidente da República, destacando a realização do recadastramento eleitoral, caracterizando aquele período como -um qüinqüênio inesquecível para a retomada do processo democrático brasileiro-, e acrescentando que Sarney -governou o país de forma harmônica, sem agressões gratuitas-.

Ao final da cerimônia, a imprensa procurou as autoridades presentes para tentar confirmar se houve nas palavras de Pertence um -recado- para o atual governo, o que foi desmentido por todos.

- Foi apenas um elogio, não é recado para ninguém, apenas um reconhecimento às virtudes democráticas do presidente Sarney - garantiu o ministro.

Maurício Corrêa também contestou observações dos jornalistas no sentido de que as palavras que lhe foram dirigidas por Sarney significassem um desagravo às críticas do governo a uma entrevista sua à revista Veja, e recusou-se a dar novas declarações.

Por fim, Sarney afirmou que, como presidente do Poder Legislativo, não lhe cabia comentar quer a entrevista de Corrêa, quer declarações de chefes dos demais poderes da República, e acrescentou:

- Esta cerimônia está totalmente destinada ao Relatório do TSE, e não cabem, de maneira alguma, quaisquer interpretações diferentes das palavras aqui proferidas.



04/09/2003

Agência Senado


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