Sarney lastima morte de Raymundo Faoro



O presidente do Senado, José Sarney, associou-se às homenagens feitas, nesta quinta-feira (15), ao jurista, escritor e cientista social Raymundo Faoro, morto no Rio de Janeiro. "Hoje constatamos que a paisagem humana do país diminui com a sua morte", disse o presidente do Senado, ao lastimar a perda.

Sarney louvou as qualidades do homenageado, sobretudo seu talento jurídico, intelectual e político. Afirmou que, como intelectual, Faoro deixa obra marcante na literatura brasileira, bastando que se leia Os Donos do Poder, livro considerado um clássico da literatura política.

- Como político, ele foi um defensor da liberdade, marcando sua vida pelas causas que empolgou, sobretudo na redemocratização do país. Como jurista, foi também o advogado que marcou sua existência pela defesa dos injustiçados, muitos deles na área política e que são devedores da sua ação, do seu talento e da sua bravura.

Da mesma forma, o presidente do Senado louvou em Faoro o companheiro intelectual da Academia Brasileira de Letras. Ele lembrou que, nos anos 40, Faoro ajudou a fundar a revista Quixote, iniciativa que um grupo de jovens repetiu com publicações semelhantes no Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará e Maranhão.

Sarney fazia parte da publicação maranhense, juntamente com os poetas Ferreira Gullar e Bandeira Tribuzi, integrando a geração que, no Brasil inteiro, notabilizou-se como a turma do pós-modernismo ou do neomodernismo.

A partir dessa experiência, o senador disse que viu a figura de Raymundo Faoro agigantar-se no cenário nacional, "ocupando, com seu talento, bravura e inteligência, espaços na literatura brasileira e no campo jurídico".



15/05/2003

Agência Senado


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