Marco Maciel lastima morte de Thales Ramalho



O Senado aprovou requerimento dos senadores Marco Maciel (PFL-PE), José Sarney (PMDB-AP) e Romeu Tuma (PFL-SP) para registrar em ata voto de pesar pela morte do ex-deputado Thales Ramalho, falecido no último dia 15, em Recife (PE). Primeiro a fazer sua homenagear, Maciel elogiou o político que ajudou a fundar o PMDB, foi quatro vezes deputado federal, ministro do Tribunal de Contas da União e destacado personagem na luta pela redemocratização do Brasil. 
De acordo com Maciel, Thales Ramalho ajudou a escrever a história do reencontro do país com a democracia, fato que culminou com a promulgação da Constituição de 1988. Ele recordou que, no regime militar, Thales Ramalho não teve receio de dialogar com o partido do governo, embora integrasse a oposição, e também não hesitou em dialogar com o então coordenador da transição política, o ministro Golbery do Couto e Silva. – Foi graças a Thales Ramalho que conseguimos avançar nesse campo da transição para a democracia. Era um exímio negociador. Sabia que o melhor caminho para restabelecermos o Estado de DEireito no Brasil seria um grande entendimento nacional. E a esse entendimento ele se dedicou integralmente.   Maciel lembrou que Thales Ramalho tinha qualidades muito características do político mineiro, como a habilidade política e a vocação para buscar a conciliação. Também disse que, ao cultuar sua figura, estava relembrando a história recente do Brasil. – É sempre bom ter presente os vultos que ajudaram a construir esse caminho porque de alguma maneira isso ajuda a iluminar nosso futuro. O senador fez um resumo da carreira política de Thales Ramalho, detendo-se sobretudo em sua habilidade para dialogar. Ao destacar que Thales Ramalho foi contemporâneo e amigo de Ulysses Guimarães, então presidente da Assembléia Nacional Constituinte, e de José Sarney, então presidente da República, Maciel afirmou que  “Thales foi reconhecidamente um dos mais talentosos políticos de sua geração”. Em aparte, manifestaram condolências os senadores Eduardo Azeredo (PSDB-MG), Ney Suassuna (PMDB-PB) e Jefferson Péres (PDT-AM), que o definiu como um político na maior acepção da palavra, observando que seu papel só foi melhor exercido por Petrônio Portella.  

17/08/2004

Agência Senado


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