Marcelo Crivella lastima morte de amigo em fogo cruzado entre polícia e traficantes



O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ)-TO) lastimou, nesta sexta-feira (05), em Plenário, a morte de Roberto Santana de Araújo, 27 anos, atingido na noite do último sábado (30) durante fogo cruzado entre a polícia e traficantes, no morro da Mangueira, no Rio de Janeiro. Ele definiu como um grito de alerta ao Congresso, às autoridades do país e especialmente às do Rio de Janeiro o elogio fúnebre que leu em memória do amigo morto.

- Quero prestar homenagem a um brasileiro, um carioca, meu amigo, meu irmão de fé, que no fogo cruzado das invasões que a policia faz nas comunidades carentes foi vítima de bala perdida. Ao ler aqui um elogio fúnebre, estou também fazendo um clamor, um grito da terra, porque, segundo a Bíblia, todos nós viemos do pó e ao pó voltaremos. De tal maneira que esse ser humano, que foi arrancado da terra e recebeu o sopro de Deus, também tem que ser respeitado.

De acordo com Crivella, eram quase 10h da noite quando uma bala de fuzil matou Roberto Santana de Araújo, que estava naquele momento dentro de casa, se despedindo da noiva para ir a uma vigília na igreja. Ele afirmou que, até a polícia concluir seus exames periciais, não há como saber de onde veio o disparo.

- Mais uma bala perdida, mais uma vida ceifada. Esse jovem humilde, trabalhador, pacato e ordeiro, bom filho, bom irmão, bom amigo, coração sem ódio, de conduta exemplar, enfrentava com grandeza a mediocridade do seu tempo. Com vontade inflexível, construía com bravura cada etapa de sua existência, forjada nos princípios da dignidade, do amor ao trabalho, da devoção à família, do cristianismo autêntico e da força imbatível, pura e radiante da sua fé em Deus. Seu sangue inocente, derramado em vão, clama aos céus, mas clama também aos homens de boa-vontade. - disse Crivella.

Antes de provocar tiroteios em áreas habitacionais, argumentou Crivella, melhor seria que a polícia executasse operações de inteligência, como a que prendeu o assassino do jornalista Tim Lopes, sem disparar um só tiro.

- Melhor seria o controle das fronteiras por onde hoje passa tamanha quantidade de armas e drogas, que se constitui na mais acintosa e insolente afronta à honradez da nossa soberania. Criminalidade se combate com inteligência - frisou ele.



05/06/2009

Agência Senado


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