Sarney recebe colar do Mérito Judiciário Nelson Hungria



O presidente do Senado, José Sarney, foi condecorado nesta sexta-feira (16), pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, com o Colar do Mérito Judiciário Ministro Nelson Hungria, em razão de relevantes serviços prestados àquela Corte, criada quando ele era presidente da República.

Ao homenagear o presidente do Senado, o desembargador Leomar Barros Amorim de Sousa disse que a mais alta condecoração daquele tribunal tem o propósito de agraciar com o bronze, de forma indelével, pessoas que, como Sarney, se destacam por seus méritos, por seu trabalho e pela dedicação à causa pública.

O desembargador afirmou que a trajetória de homem público de Sarney, iniciada em 1954, aos 24 anos, se confunde com a história do Brasil. "Político total, completo, democrata convicto, tenho certeza que o mais caro legado deixado pelo presidente Sarney foi haver assegurado, de forma definitiva, com equilíbrio, serenidade e tolerância, a transição do regime militar para a democracia".

Filho do desembargador Sarney de Araújo Costa, foi com emoção que Sarney fez seu discurso de agradecimento. Ele disse que estava ali, mais do que para ser homenageado, para homenagear a Justiça, que tem no Tribunal Regional Federal da 1ª Região um dos seus órgãos mais fundamentais.

- O país, através do pacto constitucional, deu à Justiça Federal as maiores e mais nobres das tarefas de julgar, pois a ela cabe dirimir, basicamente, as causas entre o estado federal, as outras unidades administrativas e os cidadãos.

Sarney lembrou que cabe a essa Justiça examinar os crimes contra a organização do trabalho e os indígenas, zelar pelas infrações em detrimento de bens, serviços ou interesses da União e dos órgãos que lhe são afetos. E acrescentou: "a função do Judiciário é, para a vida quotidiana e para a prática da democracia, tão fundamental quanto a função política dos parlamentares. Daí a necessidade de adequar seu funcionamento às demandas da sociedade".

O presidente do Senado também observou que sempre foi, nos cargos que exerceu, um defensor e proclamador da grande missão do Poder Judiciário. Ele lembrou que começou sua vida no Tribunal de Justiça do Maranhão, aos 18 anos. Na secretaria daquele tribunal, contou ele, foi escriturário, oficial judiciário e diretor. "Essas ligações têm sido, ao longo de minha vida, uma carga muito grande de sentimentos que extrapolam os deveres do parlamentar ou do chefe do Executivo".



16/04/2004

Agência Senado


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