Sarney recebe da Força Sindical proposta de salário mínimo de R$ 580



O presidente do Senado, José Sarney, recebeu, nesta quarta-feira (10), parlamentares e representantes da Força Sindical, que lhe entregaram a proposta da entidade para o salário mínimo em 2011: um percentual de 13%, que elevaria o valor a R$ 580. O reajuste reivindicado para aposentados e pensionistas é de 9,1%.

O novo valor vai ser negociado com o relator do projeto de lei orçamentária de 2011, senador Gim Argello (PTB-DF), numa decisão que, na avaliação do deputado federal Paulinho da Força (PDT-SP), não é técnica e sim política.

- Não tem como ser reajuste técnico. Tecnicamente é 5,5%, que é a inflação. Queremos um reajuste político, como sempre foi feito - disse.

Além das emendas parlamentares à proposta orçamentária para garantir recursos ao pagamento dos reajustes - apresentadas pelo deputado Paulinho da Força à Comissão Mista de Orçamento (CMO) - os sindicalistas defenderam a edição de medidas provisórias (MPs) para embasar legalmente os aumentos a serem concedidos, já que há o temor de o projeto orçamentário de 2011 não ser aprovado até o final deste ano. Os salários e aposentadorias são reajustados no dia 1º de janeiro.

- O Orçamento só coloca os recursos para o aposentado e o salário mínimo, mas tem que ter um instrumento legal, seja um projeto de lei ou uma MP, para que o reajuste seja concedido a todos já a partir do dia 1º - explicou o senador Paulo Paim (PT-RS), que também participou da reunião.

O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), outro integrante da comitiva recebida por Sarney, lembrou ainda dois projetos que tramitam na Câmara e interessam aos aposentados: o PL 4434/08, que recompõe o valor das aposentadorias, e o PL 3299/08, que prevê o fim do fator previdenciário.

Segundo João Batista Inocentini, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical, é fundamental garantir a recomposição do poder de compra das aposentadorias, pois a cada ano os aposentados ganham menos, e a reposição inflacionária não cobre os custos com medicamentos e planos de saúde.



10/11/2010

Agência Senado


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