Sarney recebe presidente do Congresso equatoriano
Ao lado dos senadores Aloizio Mercadante (PT-SP) e Romero Jucá (PMDB-RR), o presidente do Senado, José Sarney, recebeu nesta segunda-feira (20) o presidente do Congresso Nacional do Equador, deputado Guillermo Landázuri, que se encontra em Brasília para participar de encontro parlamentar sobre a Área de Livre Comércio das Américas (Alca).
Durante o encontro, Sarney lembrou a visita que fez ao Equador, quinze anos atrás, quando foi presidente da República. Sarney também perguntou sobre o atual momento político vivido pelo Equador. Landázuri sublinhou a importância daquela visita e do encontro que agora une os parlamentos latino-americanos para discutir a formação da Alça.
O deputado equatoriano registrou a importância de o Brasil liderar as negociações relativas a essa área de livre comércio, examinar todos os elementos que conduzam ao processo de integração e implementar a liberação comercial no continente. Ele felicitou os congressistas brasileiros pela iniciativa da reunião, que visa examinar os temas mais polêmicos desse mercado comum para os países das Américas.
Guilhermo Landázuri lembrou que o Equador é parte da comunidade andina de nações e disse que, desse seminário em Brasília, resultará também o fortalecimento das relações entre os países que integram o Mercosul (o acordo de livre comércio que une Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai).
O deputado equatoriano também recomendou que se aproveite a experiência da integração européia, mencionando a aproximação das políticas econômicas, a criação de um banco central único e a criação de fundos compensatórios para reduzir a desigualdade entre países pobres e ricos.
Ele afirmou que essa desigualdade é muito maior na América Latina e questionou como podem integrar-se num mercado com os Estados Unidos, com renda anual per capita de US$ 34 mil, países latinos que têm uma renda per capita de US$ 1,5 mil. Landázuri enfatizou a necessidade de uma política para corrigir esses desequilíbrios e disse que o Brasil é o país mais indicado para conduzir os países da América a essa meta.
20/10/2003
Agência Senado
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