Sartori critica baixos salários do magistério e descado social do governo do PT
“Infelizmente, há dirigentes sindicais acostumados a defender os próprios interesses político-partidários, ao invés de defender sua própria categoria”. Com esta constatação, o deputado José Ivo Sartori (PMDB) criticou a "grande" parcela de aumento que constou dos contra-cheques de muitos servidores estaduais no final deste mês, em especial do Magistério.
Conforme relatou o parlamentar, o acréscimo que os professores perceberam em seu salário ficou assim distribuído: o Nível A1 teve um acréscimo de 10 reais e 30 centavos no seu salário; o Nível B1 de 10 reais e 30 centavos; o nível B1 teve um acréscimo de 11 reais e 30 centavos; o nível C1 de 12 reais e 30 centavos; o nível D1 de 13 reais e 30 centavos; o E1 de 14 reais e 40 centavos e o F1 de 15 reais e 40 centavos. “Números que valerão até dezembro”, lamentou Sartori.
O parlamentar peemedebista igualmente criticou a posição do atual governo do Estado, que desativou vários programas sociais que eram desenvolvidos. “Um deles era o Vale-Leite, quando eram distribuídos em torno de 43 mil litros de leite para os pobres e humildes. O atual governador disse na época da campanha que iria destinar 100 mil litros de leite para as crianças pobres do Estado, mas até hoje apenas desativaram o programa que havia nesse sentido”, acusou Sartori.
"O Estado tinha também o Programa Piá 2000, que atendia várias crianças. Nesse Programa constava a complementação de renda aos desnutridos, a alfabetização, a cidadania", acrescentou Sartori.
Além disso, prosseguiu, os “governistas, os representantes do Governo são contra o Bolsa-Escola, do governo Federal, que dá 15 reais para cada criança que permanecer na escola. Muitas administrações petistas não aceitaram participar desse processo, porque consideram esse Programa uma bolsa-esmola. No entanto, as pessoas que estão trabalhando para educar essas crianças ganharão 10 reais e 30 centavos a mais no salário”.
Questionou, ainda, “como se chama o fato de pagar 10 reais para um professor e 15 reais para uma criança permanecer na escola? Respondam, por favor, os representantes do governo do PT, e parem com o cinismo de carimbar todas as coisas como perversas, mentirosas e enganosas, quando enganoso e mentiroso é o que está acontecendo com o Magistério do Rio Grande do Sul”, enfatizou José Ivo Sartori.
08/31/2001
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