SATURNINO CONDENA "DEMISSÃO EM MASSA" PLANEJADA PELA CEF



Resolução de 21 de março da administração da Caixa Econômica Federal (CEF), segundo disse nesta terça-feira (dia 13) o senador Roberto Saturnino (PSB-RJ), estabeleceu normas de rescisão contratual sem justa causa de seus empregados. Na prática, interpretou o senador, "isso quer dizer que a CEF colocou em marcha um programa de demissão em massa", pois as normas orientam a ação dos gerentes da instituição para reduzir gastos e custos com pessoal, que deverão indicar colegas de trabalho a serem demitidos.
Na opinião de Roberto Saturnino, o momento para tomar semelhante decisão não poderia ser mais impróprio, dados os altos índices de desemprego registrados no país e a evidente elevação da tensão social deles decorrente.
A justificativa de que as normas pretendem tornar a instituição mais dinâmica e operacionalmente ágil e preparada para enfrentar a concorrência não convenceu o senador. A seu ver, as demissões em massa escondem a intenção de preparar a CEF para o processo de privatização almejada pelo governo de Fernando Henrique Cardoso.
Não é por acaso, continuou Roberto Saturnino, que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ao custo de cerca de R$ 10 milhões, teria contratado a consultoria Booz Allen & Hamilton do Brasil para fazer um diagnóstico sobre cinco instituições financeiras oficiais federais, aí incluída a CEF.
- A decisão é infeliz, inoportuna e cruel, uma negação da vocação e história da Caixa, uma instituição eminentemente social - concluiu o senador.

13/06/2000

Agência Senado


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