Saturnino considera oportunas audiências de ministros no Senado



O senador Roberto Saturnino (PT-RJ) considerou oportuno o comparecimento de ministros e autoridades do governo ao Senado para prestar esclarecimentos sobre suas atividades e reivindicou que essas audiências sejam cíclicas, para que os senadores possam acompanhar o desenvolvimento das políticas de cada ministério.

Referindo-se ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, ele disse que gostaria de acompanhar de perto suas providências em relação à dinamização do porto de Sepetiba (RJ), o único porto com infra-estrutura adequada para receber os navios de carga, que hoje têm dimensão gigantesca.

- Furlan concordou comigo quando disse que o porto de Sepetiba precisava de melhores acessos rodoviários e ferroviários, bem como expansão de terminais para se tornar o verdadeiro porto de redistribuição de cargas no país e prometeu se empenhar para que o governo tomasse providências nesse sentido. Esse é um assunto que gostaria de acompanhar - observou.

O senador pelo Rio de Janeiro mostrou-se reticente diante das explicações do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, que também esteve no Senado nesta terça-feira (1º), dando conta de que o governo pretende usar os juros altos para frear a inflação.

Para Saturnino, é preciso usar de cautela em relação a certas verdades que depois se mostram erradas, como foi o caso da âncora cambial. De acordo com o senador, durante vários anos do governo Fernando Henrique Cardoso a âncora cambial foi usada para inibir a inflação, política que hoje é considerada um grande fiasco, pelo desequilíbrio imposto à economia brasileira. Segundo Saturnino, também o uso de juros altos para controlar a inflação precisa de acompanhamento, para a verificação de seu acerto ou não.

Em aparte, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) ressaltou a necessidade das audiências públicas com os ministros no Senado, por entender que os parlamentares têm o dever de fiscalizar as ações governamentais.



02/04/2003

Agência Senado


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