Saturnino destaca 181 anos da Marinha e comenta entrevista de José Dirceu
Os 181 anos de fundação da Marinha do Brasil, comemorados nesta segunda-feira, foram lembrados em Plenário pelo senador Roberto Saturnino (PT-RJ). O senador disse que apenas dois meses depois da Independência do Brasil, nascia a primeira força armada do país, observando que o fato de a ocupação do território brasileiro ter sido iniciada pelo litoral justificou a precedência no surgimento da Marinha em relação ao Exército.
Saturnino também aproveitou a oportunidade para fazer uma saudação ao almirante Max Justo Guedes, que dirigia, desde 1997, o Departamento do Patrimônio Histórico e Cultural da Marinha.
- É importante que o Senado preste uma homenagem a esse brasileiro ilustre, que passou para a reserva, mas deve continuar prestando uma contribuição inestimável ao esclarecimento de fatos ligados à cultura brasileira e à história da Marinha - disse.
Entrevista
O senador pelo Rio de Janeiro também teceu considerações sobre comentários do líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), a respeito da entrevista do ministro chefe da Casa Civil da Presidência da República, José Dirceu, ao jornal O Globo. A análise de Saturnino centrou-se na recomendação de Dirceu acerca da integração militar da América do Sul e de críticas dirigidas à atual concepção da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), classificada como inaceitável.
Para Saturnino, o chefe da Casa Civil foi muito -apropriado e oportuno- em suas declarações. No momento em que se esboça um agravamento da situação na fronteira entre Brasil e Colômbia, alvo de ações de guerrilha e do narcotráfico, o que poderia desencadear uma intervenção militar norte-americana na região amazônica, o senador petista diz que a situação suscita uma preocupação de extrema gravidade. Apesar de Arthur Virgílio ter considerado -pouco conveniente- a defesa da integração militar latino-americana, Saturnino acredita ser -de bom alvitre- que os brasileiros compartilhem da opinião de José Dirceu.
Quanto às restrições feitas à Alca, o parlamentar acredita que a posição favorece a consolidação de um acordo no âmbito do Mercado Comum do Sul (Mercosul) e o avanço do Brasil em setores onde a economia norte-americana leva vantagem, como as áreas de ciência e tecnologia e informação. Ele advertiu que a Alca, mesmo se bem negociada, pode condenar o Brasil a uma economia de segunda categoria.
10/11/2003
Agência Senado
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