Saturnino elogia decisão do governo de encomendar petroleiros à indústria naval brasileira
O senador Roberto Saturnino (PT-RJ) elogiou o anúncio feito pelo governo federal de que a Petrobrás vai encomendar, ainda este ano, 52 navios petroleiros à indústria naval brasileira. Ele afirmou que a medida marcará o retorno das estatais como empresas de desenvolvimento, já que elas deixarão de ser apenas destinadas a dar lucro, principalmente para os seus acionistas. - A medida corresponde ao esforço que o presidente Luis Inácio Lula da Silva vem fazendo nos fóruns internacionais para que seja considerado no cômputo dos superávits fiscais os investimentos das estatais e do setor público de um modo geral. Este seria um grande avanço, pois poderíamos alavancar o nosso investimento público e efetivamente proporcionar a retomada segura, firme e estável do nosso processo de desenvolvimento - afirmou Saturnino. Para encomendar os 52 navios, informou Roberto Saturnino, o governo federal deverá investir em torno de US$ 3 bilhões. Deverão ser gerados 240 mil empregos. Segundo o senador, o Rio de Janeiro será um dos maiores beneficiados com a medida, já que sua indústria naval receberá um impulso muito grande para se desenvolver. Ele acrescentou que Santa Catarina também ganhará com a compra das embarcações. Roberto Saturnino informou que, além da recuperação da indústria naval, o governo federal tem diversos outros projetos para o Rio de Janeiro que totalizariam investimentos superiores a R$ 30 bilhões. Ele criticou o governo daquele estado por estar se posicionando contra a construção de um oleoduto ligando a zona produtora de petróleo de Campos às grandes refinarias do sul do país.
- Se a posição do governo estadual encontrasse uma repercussão maior na sociedade, provocaria um prejuízo muito grande para o Rio de Janeiro, na medida em que o investimento vai possibilitar a expansão da produção petrolífera e o aumento do volume dos royalties destinados ao estado e às prefeituras dos municípios que serão atravessados pelo oleoduto - alertou Roberto Saturnino.
10/03/2004
Agência Senado
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