Saturnino pede contratação de policiais civis no Rio de Janeiro



O senador Roberto Saturnino (sem partido-RJ) fez um apelo ao governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (PSB), no sentido de que sejam convocados os demais aprovados no concurso público que o estado do Rio realizou para ocupar cargos na polícia civil. O número de classificados, segundo o senador, ficou em torno de 2 mil, restando 1.500 ainda não convocados.

Saturnino disse já ter feito este apelo ao governador, por escrito, ressaltando que o aumento do efetivo policial deve ser prioridade do governo federal e dos governos estaduais para minimizar os problemas que a segurança pública vêm enfrentando no Brasil. Ele acrescentou que, sem reforçar o contingente das polícias, é muito difícil combater a criminalidade.

- Há certas questões que não são resolvidas com equipamentos eletrônicos ou mecânicos, é necessária a presença física do ser humano no enfrentamento do problema. Tivemos um exemplo estes dias no Rio, com a epidemia de dengue. Ela só apresentou sinais de redução depois que foi realizada uma ação com profissionais instruídos e capacitados para combater o mosquito Aedes aegypti - afirmou Roberto Saturnino.

Por outro lado, o senador pelo Rio de Janeiro destacou que a questão social e a injustiça são fatores determinantes para o crescimento da violência no país. Saturnino disse que a injustiça quebra a crença nos valores morais e éticos da sociedade.

- É preciso combater a injustiça de todas as formas. Ela está na raiz dessa ruptura do tecido social brasileiro, que acaba determinando a descrença total e a adesão de pessoas ao banditismo e à criminalidade - analisou.

Em aparte, o senador Leomar Quintanilha (PFL-TO) defendeu o engajamento da população no combate à violência. Ele sugeriu a realização de uma convocação nacional para que as pessoas reajam e ajudem as autoridades a encontrar caminhos para resolver o problema. Já a senadora Heloísa Helena (PT-AL) concordou com Saturnino que as injustiças estão na base dos problemas e sugeriu a realização de mudanças estruturais profundas na sociedade. "O pobre quando vai para a marginalidade é como último refúgio", afirmou.



05/03/2002

Agência Senado


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