Saúde amplia oferta de atenção básica de ribeirinhos do Tapajós
O Ministério da Saúde vai ampliar os recursos de custeio para a Unidade Básica de Saúde Fluvial Abaré I, localizada no município de Santarém (PA). A unidade, que atualmente recebe R$ 600 mil de incentivo ao ano, receberá um adicional de R$ 300 mil, totalizando R$ 900 mil anuais de incentivo para garantir a melhoria dos serviços. A decisão foi tomada na última sexta-feira (18), durante reunião do ministro Alexandre Padilha com representantes da Universidade Estadual do Pará (UEPA), da Universidade Federal do Oeste Pará (UFOPA), da Sociedade Paulista do Desenvolvimento da Medicina e da Universidade de São Paulo (USP), que oferecem programas de residência médica.
De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o aumento dos recursos possibilitará que a unidade sirva como local de atuação para outras equipes da atenção básica, como para os profissionais do programa Mais Médicos. “Com os investimentos, a unidade passará a ser um local ideal para que as equipes de Saúde da Família, profissionais do programa Mais Médicos e os residentes das universidades federal e estadual do Estado paraense possam praticar o atendimento clínico à população. Reduzindo o tempo de espera e garantindo a qualidade do atendimento à saúde”, disse.
Desde 2011, o Ministério da Saúde repassa recursos para este projeto, idealizado no ano anterior. A unidade realiza atendimento a 72 comunidades ribeirinhas, aproximadamente 15 mil pessoas, nas margens do rio Tapajós - municípios de Santarém, Belterra e Aveiro, na região oeste do Pará.
A utilização da embarcação Abaré I no atendimento regular às populações ribeirinhas começou em 2010, com parceria firmada entre a Secretaria Municipal de Saúde de Santarém, o Projeto Saúde e Alegria e a Fundação Terre Des Hommes (dona da embarcação). O adicional dos recursos ao Abaré I será repassado pela Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), do Ministério da Saúde, responsável pela formulação de políticas públicas orientadoras da gestão, formação e qualificação dos trabalhadores e da regulação profissional na área da saúde no Brasil.
Unidades fluviais
O programa de construção de Unidades Básicas de Saúde Fluviais (UBSF) integra a Política Nacional de Atenção Básica e foi lançado em 2011 pelo Ministério da Saúde, prevendo recursos para aquisição de 64 embarcações, com investimentos de até R$ 1,6 milhão por embarcação. O investimento total deve chegar a R$ 76,8 milhões, somente para a construção das unidades.
As UBSF são embarcações que comportam uma ou mais Equipes de Saúde da Família Fluvial, equipadas com os materiais necessários para atender à população ribeirinha da Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão) e Pantanal Sul Mato-Grossense.
A UBSF conta com consultórios para atendimento médico, de enfermagem e odontológico. Também possui farmácia, laboratório e salas de vacinas, curativo, coleta de material e esterilização. A equipe que realiza o atendimento é formada por médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e de laboratório, dentista e auxiliar ou técnico de Saúde Bucal, além dos agentes comunitários de saúde que residem e desempenham suas atividades nas comunidades ribeirinhas.
Na embarcação também é prestada assistência de qualidade às mulheres com ações de planejamento familiar, prevenção e controle dos cânceres de mama e de colo do útero, atendimento às gestantes e às crianças - principalmente até dois anos de idade - além do cuidado aos usuários com doenças crônicas, como hipertensão e diabetes.
Fonte:
22/10/2013 18:20
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