Sebastián Piñera, candidato à presidência do Chile, visita presidente do Senado



O presidente do Senado Federal, José Sarney (PMDB-AP), recebeu nesta terça-feira (24) a visita de Sebastián Piñera, candidato à presidência da República do Chile. O candidato, líder nas pesquisas de opinião para as eleições que acontecem no dia 13 de dezembro, foi recebido também pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG).

Sebastián Piñera indagou sobre a história brasileira e sobre a política atual no país. José Sarney disse não acreditar na vitória, na eleição presidencial do ano que vem, de um candidato de oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sebastián Piñera perguntou sobre a possibilidade de o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, ganhar a eleição, mas José Sarney disse que ele ainda não teve sua candidatura formalizada. O presidente do Senado disse ser amigo de toda a família Neves, considerando-se também "um Neves".

José Sarney lembrou da situação em que assumiu a Presidência do Brasil, como vice-presidente, no lugar de Tancredo Neves, avô de Aécio, que adoentou-se um dia antes da posse, vindo a falecer sem assumir o cargo. Lembrou a dificuldade que teve, ao assumir a Presidência como um vice-presidente sem grande apoio político, vindo de um estado do norte do país, que não participou da formação do governo e tendo ainda, como pano de fundo, um histórico de presidentes depostos.

- Governar é muito perigoso, lembre-se disso - afirmou José Sarney, arrancando gargalhadas dos presentes.

O presidente do Senado manifestou o desejo de que o Chile se desenvolva cada vez mais, como também suas relações com o Brasil. Sebastián Piñera citou os grandes recursos energéticos brasileiros e disse que "o Brasil é o país do século 21". José Sarney disse que o Brasil sempre foi considerado um país do futuro, mas que agora se apresenta como um país do presente.

Em entrevista após o encontro, Sebastián Piñera afirmou que pretende, se eleito, manter "a aliança estratégica" com o Brasil e disse que apoia a entrada do país como membro permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Afirmou acompanhar a trajetória do presidente Lula, de quem se disse grande admirador. E acrescentou que, como ele está fazendo no Brasil, quer para o Chile uma sociedade mais justa e democrática.



24/11/2009

Agência Senado


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