Segmento varejista emprega 6,5 milhões e lidera comércio em 2009



O setor de comércio empregava 8,8 milhões de pessoas em 2009, e movimentou um total de R$ 95,1 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. Esses trabalhadores faziam parte de 1,47 milhão de empresas comerciais, que geraram R$ 1,6 trilhão de receita operacional líquida — receitas brutas menos as deduções de impostos e contribuições, vendas canceladas, abatimentos e descontos incondicionais). 

Os dados fazem parte da Pesquisa Anual de Comércio (PAC) 2009, divulgada nesta quarta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento descreve as características estruturais do comércio em três grandes divisões: comércio varejista, comércio por atacado e comércio de veículos automotores, peças e motocicletas. O estudo também avalia os números no âmbito do Brasil, por Grandes Regiões e por Unidades da Federação. 

Dentre esses grupos, o varejo foi o que mais gerou empregos no período: 6,5 milhões foram empregados no setor em 2009. Além disso, o comércio varejista permanece com o maior número de empresas (79,4% do total no Brasil) e unidades locais com receita de revenda, teve a maior participação nos salários, retiradas e outras remunerações (58,9 bilhões).

Entre 2008 e 2009, o pessoal ocupado cresceu de 8,15 milhões para 8,80 milhões (8,02%) e o número de empresas de 1,40 milhão para 1,47 milhão (4,57%). 

Já o comércio atacadista (158,7 mil empresas) permanece sendo o responsável pela maior parcela da receita operacional líquida.Essas empreas registraram R$ 677,8 bilhões de receita operacional líquida, o que correspondeu a 43,0% do total. 

Aproximadamente 1,47 milhão de pessoas estavam ocupadas nas empresas comerciais atacadistas (16,9% do total). Em relação aos salários, retiradas e outras remunerações, este comércio despendeu R$ 25,3 bilhões, 26,6% do total. A margem de comercialização atacadista atingiu R$ 121,3 bilhões, 36,7% do total.

A receita operacional líquida do segmento comercial de veículos, automotores, peças e acessórios alcançou R$ 238,5 bilhões (15,1% do total). Constituído por 143,5 mil empresas (9,8% do total) este segmento foi responsável pela ocupação de 855,5 mil pessoas (9,7% do total), e pelo pagamento, em 2009, de R$ 10,9 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações (11,5% do total). As empresas revendedoras de automóveis, peças e motocicletas, registraram uma margem de comercialização de R$ 36,9 bilhões, ou seja, 11,1% do total.


Empresas comerciais menores são as que empregam mais

No varejo, as empresas que mantinham ocupadas até 19 pessoas (97,5%) geraram os maiores valores de receita operacional líquida (41,8%), de salários e outras remunerações (53,2%), além de ocuparem o maior número de pessoas (63,0%).

Também foram as que geraram maior receita de valor adicionado (50,9%), que é a diferença entre o valor bruto da produção e o consumo intermediário. 

Por sua vez, as empresas com 500 ou mais pessoas ocupadas (0,03%) responderam por 30,6% da receita, 25,3% do valor adicionado, 23,4% de salários, retiradas e outras remunerações e 16,2% das pessoas ocupadas no segmento. 

O varejo apresentou produtividade (divisão do valor adicionado pelo total de pessoal ocupado) de R$ 20.679, salário médio de 1,5 salário mínimo e média de 6 pessoas ocupadas por empresa. 

Em todas as atividades de comércio, a atividade de hipermercados e supermercados apresentou a maior média de pessoas ocupadas por empresa (79).

Já no atacado, as empresas que, em 2009, ocupavam até 19 pessoas (92,9%) responderam por 16,9% da receita operacional líquida, pela maior participação no valor adicionado (33,1%), por 23,7% dos salários, retiradas e outras remunerações e pelo maior nível de ocupação de pessoal (36,7%). 

Já as empresas situadas na faixa de 500 ou mais pessoas ocupadas (0,1%) destacaram-se na geração de receita (38,7%) e na massa salarial paga, 25,9%, além de haverem participado com 25,1% do valor adicionado e com 17,9% do número total de pessoas empregadas neste segmento. O atacado apresentou produtividade de R$ 63.097, salário médio de 2,8 salários mínimos e média de 9 pessoas ocupadas por empresa. A atividade de combustíveis e lubrificantes destacou-se, registrando uma produtividade de R$ 211.247, salário médio de 7,6 salários mínimos e média de 22 pessoas ocupadas por empresa.

Em relação ao comércio de veículos automotores, peças e motocicletas, as empresas inseridas na faixa de 100 a 249 pessoas ocupadas (0,4%), em 2009, representaram o maior percentual da receita (25,8%). 


Sudeste lidera participações em todas as variáveis investigadas

As empresas comerciais que atuam na região Sudeste apresentaram em 2009 a maior participação no comércio brasileiro em todas as variáveis investigadas. Elas geraram R$ 898,0 bilhões de receita bruta de revenda (52,2% do total) em 764 791 unidades locais com receita de revenda (48,7% do total), ocuparam 4,6 milhões de pessoas (52,6% do total) e pagaram R$ 54,4 bilhões (57,2% do total) em salários, retiradas e outras remunerações.

Para todas as Grandes Regiões, o comércio varejista aparece como sendo a divisão do comércio com maior participação em número de unidades locais com receita de revenda, pessoal ocupado e salário. No que se refere à receita bruta de revenda, entretanto, a principal divisão da atividade comercial foi a do comércio atacadista, que registrou participação de 43,3%. Apenas nas regiões Nordeste e Sul a divisão do comércio varejista apresentou a maior participação, com 47,0% e 43,6%, respectivamente. 


Fonte:
IBGE



29/06/2011 12:30


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