Segundo Hartung, acusações de governador do ES são infundadas



O senador Paulo Hartung (PPS-ES) apresentou evidências que demonstram que as acusações levantadas contra ele pelo governador do Espírito Santo, José Ignácio Ferreira, são infundadas e informou o Senado de que as denúncias contra a atual administração do estado estão sendo investigadas e produzindo efeitos.

Em reportagem publicada pela revista IstoÉ da última semana, José Ignácio afirma que a administração do senador na prefeitura de Vitória estaria sendo investigada pela Câmara de Vereadores de Vitória. Hartung afirma, porém, que o Legislativo local criou uma CPI para apurar irregularidades na administração atual. Para desmentir a informação, o senador apresentou correspondência assinada pelo vereador Ademar Rocha, presidente da Câmara Municipal, informando que a comissão não analisa a administração de Hartung que, durante seu mandato (1993-1996), teve todas as contas aprovadas pelos vereadores.

O senador também criticou a atitude do governador de acusar os opositores de serem contrários aos interesses capixabas. "Ser oposição ao governo não representa crime ou ameaça ao estado", declarou. Para Hartung, essa postura de José Ignácio demonstra o caráter autoritário do governador.

- O governador fantasia que existe um complô contra ele. Essa é uma estratégia de dissimulação, pois, ao politizar o assunto, ele acredita estar desobrigado de dar explicações. É preocupante a obsessão do governador pela minha pessoa - disse Hartung.

Além de rebater as acusações, Hartung destacou que as denúncias contra o governo do estado estão sendo apuradas pelo Ministério Público, pelo Banco Central e pela Assembléia Legislativa com desdobramentos, como o afastamento de autoridades do primeiro escalão.

Entre as denúncias, o senador listou o recebimento de propinas para o andamento de processos, o empréstimo feito pelo banco estadual para a campanha eleitoral do governador, irregularidades no uso de recursos doados por empresas à Associação Capixaba de Desenvolvimento Social, além de superfaturamento em obras de saneamento. "Desejamos que essa crise sirva para afastar práticas autoritárias e para que se punam os responsáveis", concluiu o senador.

08/05/2001

Agência Senado


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