Senado aprova empréstimo de US$ 505 milhões do Banco Mundial
O Senado aprovou a tomada de US$ 505,05 milhões junto ao Banco Mundial referentes ao primeiro empréstimo programático para reformas relativas ao desenvolvimento humano. O relatório favorável à operação foi do senador Fernando Bezerra (PTB-RN), que ressaltou as condições extremamente favoráveis do empréstimo, a juros de 2% ao ano.
Fernando Bezerra citou o parecer da Secretaria do Tesouro Nacional, que informa ser o empréstimo um reconhecimento às reformas empreendidas pelo governo brasileiro e às ações pelo desenvolvimento humano que estão sendo implantadas. O dinheiro não é destinado a novos investimentos, mas a compor as reservas externas do país, podendo também ser usado para saldar compromissos externos. Mas está vinculado a ações governamentais voltadas para o desenvolvimento humano.
O empréstimo foi defendido pelos senadores Heloísa Helena (PT-AL), pelo relator Fernando Bezerra, pelo líder do PT, senador Aloizio Mercadante (SP), e pelo senador Romero Jucá (PSDB-RR), que acrescentou: -Fico feliz de ouvir aqui, do líder do governo Lula, o mesmo discurso que fiz durante quatro anos seguidos-.
Foi aprovado também o projeto de resolução do senador César Borges (PFL-BA) que garante prazo de mais 270 dias para que o estado da Bahia renove, amplie e adapte as garantias prestadas aos empréstimos no âmbito do Programa de Renovação da Lavoura Cacaueira Baiana.
Defenderam a aprovação do projeto de resolução o próprio autor, César Borges, e o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), que lembrou a importância da lavoura do cacau para o Brasil. Para Antonio Carlos, o país não tem retribuído à altura. O senador disse que boa parte do parque industrial do Sudeste foi construído graças à lavoura de cacau, cujos problemas já a levaram a demitir mais de 200 mil trabalhadores. Antonio Carlos elogiou também a indicação, pelo governo, de Gustavo Moura para a direção da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac).
19/03/2003
Agência Senado
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