Senado celebra Dia Internacional da Síndrome de Down



O Senado celebra, na manhã desta quarta-feira (21), o Dia Internacional da Síndrome de Down. Ao discursar na cerimônia, o presidente do Senado, José Sarney, começou falando de três tios – irmãos de sua mãe, dona Kiola – que têm a síndrome.  E acrescentou que, ao chegar à presidência da República, em 1985, criou a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (Corde).

- Quero começar dizendo que tive o meu primeiro contato com a síndrome de Down muito cedo: ao se mudar para o Maranhão, meu avô, Assuéro Ferreira, levou consigo, ainda meninos, seus filhos: minha mãe Kiola, meu tio Albérico, e três outros tios: Manoelito, Jofre e Luís Puckiola, todos três portadores da síndrome — àquela época tratados como mongoloides. Mais tarde todos voltaram para viver com minha avó Augusta, no Recife, menos Luís Puckiola, que falecera na cidade de São Bento, e minha mãe, que se casou cedo com meu pai.

Ao explicar o trabalho da Corde, Sarney disse que foi essa coordenadoria que preparou um projeto para o setor, transformado na lei 7.853/89, que em sua avaliação é até hoje um modelo.

- Basta compará-la com a moderna convenção da ONU para ver que o Brasil se antecipou em matéria de legislação.

O senador Lindbergh Farias, pai de uma menina com síndrome de Down, lembrou que a instituição de um Dia Internacional para homenagear as pessoas com a síndrome foi uma conquista brasileira junto á Organização das Nações Unidas.

Lindbergh festejou a adoção do Protocolo Clínico para a Síndrome de Down, que estabelece procedimentos padronizados para o atendimento na rede de saúde. 

– Muitos profissionais da área sequer sabem que quase 60% das crianças com síndrome de Down têm problemas cardíacos. Além disso, elas têm necessidades e especificidades próprias que farão parte deste protocolo – afirmou.

Emoção

O deputado Romário (PSB-RJ), que também é pai de uma menina com Down, fez um discurso emocionado.

- Hoje, sete anos após o nascimento de minha filha, posso dizer que aprendi a conviver com um anjinho. E isso me fez uma pessoa melhor, menos egoísta e apegada a uma causa. Nós pais temos o privilégio do convívio com estas pessoas maravilhosas – afirmou.

Mais informações a seguir



21/03/2012

Agência Senado


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