Senado doa publicações em braile na Bienal do Livro de São Paulo



"Esse é um trabalho de cidadania: favorecer pessoas com deficiências visuais levando para elas um pouco de literatura, da legislação brasileira e, principalmente, incentivo para que essas pessoas exerçam sua cidadania". O comentário foi feito pelo diretor-geral do Senado Federal, Haroldo Tajra, durante solenidade para doação de livros em braile realizada no sábado passado (21), no estande da instituição instalado na 21ª Bienal do Livro de São Paulo.

Foram doados o Novo Código Civil, a Legislação Eleitoral e Política, a Lei de Falências, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, a Lei Antidrogas, a Constituição Federal de 1988 atualizada com as emendas, o Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa (com cerca de 10 mil verbetes) e o conto de Machado de Assis, O Velho Senado.

As entidades contempladas com a doação dos livros em braile foram a Biblioteca Monteiro Lobato, vinculada à Prefeitura de Guarulhos; a Associação de Deficientes Visuais de Guarulhos e a Biblioteca Louis Braille.

Além de Haroldo Tajra, participaram do evento a diretora-geral adjunta, Andréa Valente; o diretor da Secretaria Especial de Editoração e Publicações (SEEP), Florian Madruga; e o diretor administrativo da SEEP, Luiz Carlos Costa.

Massoterapeuta

Uma das pessoas beneficiadas com a iniciativa do Senado é Ana Paula Silveira, natural de Guarulhos (SP), que tem 29 anos. Ela é massoterapeuta da empresa onde trabalha. Portadora de uma patologia congênita, glaucoma, ela começou a perder a visão aos sete anos de idade. Através do esforço próprio e do apoio dos familiares, concluiu o curso de fisioterapia na universidade. A faculdade também a ajudou: ela foi bolsista durante todo o período de estudos.

A massoterapeuta lamentou que, apesar de a Lei de Diretrizes e Bases da Educação assegurar, em seu capítulo V, apoio especializado na escola regular para atender as peculiaridades da clientela da educação especial, isso não ocorre na prática. A pedagoga especializada em deficiência visual, Joana Maria Rey, associou-se à reclamação.

- Atualmente para um cego concluir um curso superior ele tem que se esforçar no mínimo cinqüenta vezes mais do que uma pessoa que enxerga. Faço um apelo no sentido de que os cursos universitários se tornem mais acessíveis aos portadores de deficiência visual. Lei não falta, o que precisa é haver maior fiscalização para que ela seja cumprida - observou Joana Rey.



23/08/2010

Agência Senado


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