Senado homenageia os 25 anos do Programa Antártico Brasileiro



O Senado Federal, em parceria com a Marinha do Brasil, realizará na próxima terça-feira (13), às 14h, homenagem especial no Plenário aos 25 anos da presença brasileira na Antártica. Após a cerimônia, que ocupará a hora do expediente da sessão deliberativa, ocorrerá, no Salão Negro, a abertura da exposição sobre o Programa Antártico Brasileiro (Proantar) e o lançamento do selo comemorativo do Ano Polar Internacional. A solenidade será acompanhada na Península Antártica por meio de teleconferência.

A exposição estará aberta à visitação de 13 a 28 de março e mostra a importância do trabalho realizado pelo Proantar. Faz parte da mostra uma maquete da estação Antártica Comandante Ferraz, com um cenário que simula o acampamento e equipamentos utilizados pelos pesquisadores. Também estarão disponíveis para o público fotos e vídeos do programa na Senado Galeria.

Criado em 1982, com a primeira expedição científica brasileira na Antártica, o Proantar tem como objetivo promover a realização de pesquisas científicas e tecnológicas no continente gelado com a finalidade de compreender os fenômenos que tenham repercussão global e sobre o território brasileiro. Atualmente, o programa conta com a colaboração de diversos ministérios, universidades, empresas públicas e privadas.

Participam do programa o Comitê Nacional de Pesquisas Antárticas (Conapa) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq),que procuram alinhar a política científica brasileira às diretrizes dos grandes projetos internacionais. O Ministério da Defesa atua por intermédio da Marinha, que gerencia e planeja as Operações Antárticas, além de financiar o segmento logístico para manter a estação Comandante Ferraz, acampamentos e refúgios; e também por meio da Aeronáutica, que realiza vôos de apoio ao Proantar.

O Ministério do Meio Ambiente também participa do programa através do Grupo de Avaliação Ambiental. Cabe a esse ministério garantir que as atividades brasileiras desenvolvidas na região cumpram as regras internacionais adotadas com a finalidade de minimizar o impacto da presença humana no continente. Ainda fazem parte do Proantar os Ministérios das Relações Exteriores, que conduz a atuação do país no âmbito do Tratado da Antártica; de Minas e Energia, que fornece combustíveis desenvolvidos para regiões geladas; e da Educação, que divulga informações didáticas sobre o continente.

Ano Polar

As características físicas e biológicas peculiares dos dois pólos, que exercem influência nos sistemas naturais de todo o Planeta, têm mobilizado a comunidade científica. Entre 1882 e 1883, a Organização Meteorológica Internacional promoveu um encontro de 20 nações, desenvolvendo 15 projetos e expedições voltados a pesquisas no Ártico e na Antártica, que passaria a ser o primeiro ano polar internacional (1882 e 1883). Agora, 125 anos depois, 60 países e 200 projetos científicos promovem o quarto Ano Polar Internacional e consagram esse fórum mundial como o maior evento voltado para as pesquisas de ponta desenvolvidas nos pólos Sul e Norte.

O Ano Polar Internacional 2007-2008 é organizado pelo Conselho Internacional de União Científica em conjunto com a Organização Metereológica Mundial e coincide com a passagem dos 25 anos da presença brasileira na Antártica. Em setembro deste ano, como parte da programação do encontro, o Brasil sediará a 18ª Reunião de Administradores de Programas Antárticos Latino-americanos.

Após a experiência do primeiro encontro internacional, 49 anos depois ocorreu o segundo Ano Polar Internacional. Os trabalhos se estenderam de 1932 a 1936, com a participação de 40 países e projetos científicos que alcançaram importantes avanços nas áreas de meteorologia e ciências atmosféricas e aprofundaram estudos sobre os efeitos da radiação solar na atmosfera.

O terceiro desses encontros, denominado Ano Geofísico Internacional, ocorreu no período 1957-1958, reuniu 67 países e apresentou, entre seus resultados, o Tratado Antártico. O acordo internacional define a utilização do continente gelado para fins pacíficos e proíbe a adoção de medidas de natureza militar - utilização de pessoal ou equipamento - que não tenham como finalidade a pesquisa cientifica. Fica proibido, portanto, o estabelecimento de bases e fortificações, bem como a realização de manobras e experiências militares com qualquer tipo de arma na região.



07/03/2007

Agência Senado


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