Senado incentiva inclusão social de portadores de deficiência física



A publicação em braile da ordem do dia do Senado e a admissão de portadores de algum tipo de deficiência física como estagiários são algumas das medidas de incentivo à inclusão social anunciadas nesta quinta-feira (2) pelo presidente da Casa, senador José Sarney, ao assinar convênio com o Instituto Brasileiro de Defesa dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência (IBDD).

Sarney informou também que o Senado vai providenciar obras para melhorar as possibilidades de acesso dos portadores de deficiências a todas as suas dependências. Para a presidente do IBDD, Teresa Costa D"Amaral, o convênio é uma oportunidade de -trabalhar a sensibilidade do Senado, e transformar o Senado numa Casa exemplar pela inclusão do portador de deficiência-. Teresa lembrou que, quando ocupava a Presidência da República, Sarney sancionou a lei que garantiu os direitos dos portadores de deficiência.

- Foi uma grande conquista, embora os direitos ali assegurados ainda estejam para ser concretizados a todos os 17 milhões de brasileiros portadores de deficiência, que hoje vivem numa exclusão, numa não-cidadania que é reforçada pelo preconceito. A sociedade e o Estado ainda não evoluíram no sentido de dar essas garantias. Por isso este convênio é muito importante, porque o Senado vai trabalhar na divulgação dessa situação, levando-a até a sociedade - disse.

Durante a solenidade de assinatura do convênio, o chefe do Serviço de Publicação em Braile da Secretaria de Publicações e Editoração do Senado, Paulo Brandão, leu para os presentes o primeiro exemplar da ordem do dia naquele código, que já está disponível a todos os deficientes visuais na entrada do Plenário, contendo a pauta dos projetos a serem apreciados a cada sessão deliberativa. O Senado lançou várias obras em braile, que são distribuídas às entidades interessadas.

O diretor do Instituto Legislativo Brasileiro (ILB), Florian Madruga, informoun que o presidente do Senado também determinou que os cursos regulares do ILB e da Universidade do Legislativo (Unilegis) passem a ser oferecidos em braile e na linguagem de sinais para surdos, e cursos para aprender a ler em braile estarão abertos para funcionários interessados e deficientes visuais sem acesso a outras escolas.



02/10/2003

Agência Senado


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