Senado relança livros para celebrar centenário de Dinarte Mariz
Rio Grande do Norte, Dinarte Mariz, que morreu no exercício do mandato de senador, em 9 de julho de 1984, o Senado relançou este ano os livros Solidão, Solidões, escrito por Diógenes da Cunha Lima, e Dinarte 80 Anos, editado originalmente em 1983. Os dois serão vendidos no estande do Senado, na Bienal Nacional do Livro de Natal.
Natural de Serra Negra do Norte, no Seridó, onde nasceu a 23 de agosto de 1903, Dinarte Mariz, produtor de algodão, ingressou na vida pública na década de 30, quando ao lado de José Augusto Bezerra de Medeiros fundou o Partido Popular. Mais tarde participou da fundação no estado da União Democrática Nacional (UDN). No início dos anos 60, um novo líder surgiu na UDN: Aluízio Alves. Posteriormente houve o rompimento político entre Dinarte e Aluízio, o que gerou uma fase de radicalização na política do estado.
Dinarte foi eleito senador em 1954 e governador do Rio Grande do Norte dois anos depois. Retornou ao Senado em 1962, onde, durante anos ocupou a 1º secretaria da Casa. Como governador do estado, no período de 1956 a 1961, implantou a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), criou o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e também fundou veículos de comunicação como o Correio do Povo e a Rádio Nordeste.
O Senado também celebrou o centenário de nascimento de Dinarte Mariz em sessão solene especial, no dia 14 de agosto. O requerimento propondo a homenagem foi apresentado pelos senadores potiguares José Agripino (PFL), Fernando Bezerra (PTB) e Garibaldi Filho (PMDB).
LivrosO livro Solidão, Solidões - Uma biografia de Dinarte Mariz foi lançado originalmente em 2001. Esta segunda edição, com 244 páginas, é o resultado de 13 horas de gravações nas quais o ex-governador descreve a trajetória de sua vida. O próprio advogado e ex-reitor da UFRN, Diógenes da Cunha Lima, foi o responsável pelas gravações, quando Dinarte Mariz era senador.
A primeira edição do livro foi lançada em parceria com a Fundação José Augusto. O prefácio foi escrito pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). O título Solidão, Solidões, segundo o autor, foi inspirado em uma frase dita por Dinarte: -a única coisa que o homem possui realmente é a sua solidão-. Além das gravações, Diógenes recolheu depoimentos de várias personalidades sobre o biografado. Já Dinarte 80 Anos reúne discursos, ensaios e conferências do ex-senador.
Também em homenagem ao ex-senador Dinarte Mariz, a Subsecretaria de Relações Públicas do Senado promove uma exposição na Galeria Senado. A abertura da exposição será nesta sexta-feira (22), às 10h.
21/08/2003
Agência Senado
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