Sarney exprime sua admiração e amizade por Dinarte Mariz
Na homenagem que o Senado prestou nesta quinta-feira (14) ao centenário de nascimento de Dinarte Mariz, o presidente da Casa, José Sarney, disse ser o último dos parlamentares que com ele conviveram e deu seu testemunho de que a ação política do homenageado realizou-se sempre em defesa do Brasil, do Nordeste e do Rio Grande do Norte.
Sarney disse que, na resistência heróica em defesa da solução dos problemas do Nordeste, Dinarte Mariz olhou sempre a política como uma paixão sem volta, de doação absoluta, exercendo a arte de utilizar o caminho do possível para alcançar o impossível. Também lembrou que eram ambos da UDN, pertencentes à corrente mais exaltada do partido liderado por Carlos Lacerda.
- Fomos estreitos amigos nesta Casa e na vivência da política, amizade essa que tenho o orgulho de dizer que se comunicou a seus filhos. Na pessoa do Dr. Eduardo Mariz, quero cumprimentar a todos da família que se encontram neste Plenário - disse o senador.
Foi na convivência no Senado e nas conversas sobre o Nordeste, disse Sarney, que se consolidou a admiração e a amizade que sempre nutriu pelo homenageado. Ele afirmou que Dinarte Mariz não foi apenas -o chefe de um bando do bem comum-. Foi também -chefe de um bando de cangaceiros do bem comum- que, no Senado tomavam assento em defesa do Nordeste, entre eles, João Agripino, Nilo Coelho, Paulo Guerra, Virgílio Távora, Teotônio Vilela e o próprio Sarney, como integrante mais novo do grupo.
- Dele recebíamos sempre conselhos, informações, impressões, tudo que passou a ser o barro de uma constante obra de olaria política em que sempre convivemos. Repito que passei a estimá-lo, admirá-lo, querer-lhe bem quase como um patriarca, desses que são constantes e que vivem eternamente em nossas vidas - afirmou.
Sarney recordou sua chegada ao Senado, em 1971, e o conselho que recebeu de Dinarte Mariz para observar que a linguagem do Senado não era a mesma da Câmara e que a convivência dos senadores exige que se fale nos discursos aquilo que todos podem ouvir juntos.
- Foi um conselho que eu repito sempre aos jovens que chegam a esta Casa vindos da Câmara dos Deputados - disse.
Sarney lembrou ainda que o homenageado era um homem extremamente informado que, nos momentos de maior turbulência, era uma fonte extraordinária de informações e de capacidade de prever os acontecimentos. Disse que Dinarte sabia tudo o que ia acontecer no Senado e na República.
- Assim eu o recordo com amizade, vendo o Dinarte atravessar os tempos de Juscelino, as convulsões de Jânio e de Jango, os governos militares e 30 anos de nossa historia, 30 anos de sua presença na política - concluiu o senador.
14/08/2003
Agência Senado
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