Senado vota emenda sobre classificação de documentos governamentais sigilosos



Em primeiro turno, o Senado vota na próxima quarta-feira (24) proposta de emenda à Constituição do senador Moreira Mendes (PFL-RO) determinando que as informações prestadas pelo governo ao Legislativo deverão ser classificadas, pela autoridade responsável por sua remessa, como secretas, confidenciais ou reservadas.

A emenda será votada de acordo com substitutivo que a senadora Maria do Carmos Alves (PFL-SE) apresentou na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. A proposta estabelece também que a inobservância, por parte do destinatário, do caráter sigiloso da informação prestada sujeitará o infrator a pena de responsabilidade.

Moreira Mendes disse que sua proposta originou-se da preocupação com o fato de que, se revelar informações sigilosas, o parlamentar incide na sanção da perda temporária do mandato, quando não sofrer punição mais grave. No entanto, observa ele, muitas vezes o que chega às mãos do parlamentar como reservado é, por princípio constitucional, informação de natureza pública.

Também em primeiro turno, na mesma quarta-feira, o Senado vota proposta de emenda à Constituição do senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) destinada a tornar o Fundo de Desenvolvimento da Amazônia e o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste permanentes na estrutura jurídica brasileira. O texto tem parecer favorável do senador Jefferson Péres (PDT-AM).

Na terça-feira (23), o Senado vota projeto do senador Edison Lobão (PFL-MA), criando um seguro-garantia para proteger compradores de imóvel na planta no caso de insolvência da construtora. No mesmo dia, vota requerimento em que a senadora Marina Silva (PT-AC) solicita ao Ministério da Fazenda a lista das operações de financiamento externo realizadas pelo setor privado brasileiro.

Na quinta-feira (25), o Plenário inicia a discussão, em segundo turno, de proposta de emenda à Constituição do senador Ademir Andrade (PSB-PA) que desapropria terras onde se explore trabalho escravo, destinando-as à reforma agrária e priorizando o assentamento dos colonos ali explorados, sem qualquer indenização ao dono.

19/10/2001

Agência Senado


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