Senador, empresário, vendedor e balconista, José Alencar começou a trabalhar ainda criança
Empresário do setor têxtil, dono do grupo Coteminas, o vice-presidente da República, José Alencar, 71 anos, nasceu num pequeno povoado às margens da cidade de Muriaé (MG). Antes de ser eleito senador pelo PMDB, em 1998 - com quase três milhões de votos -, José Alencar, hoje filiado ao PL, ocupou os cargos de presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) e de vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Aos 7 anos de idade, José Alencar já se colocava atrás do balcão da loja do pai -mais para atrapalhar do que para ajudar-, como ele mesmo conta. Aos 15 anos, o 11º dos 15 filhos do casal Antônio Gomes da Silva e Dolores Peres Gomes da Silva deixou a casa dos pais e foi para Muriaé trabalhar como balconista em uma loja de tecidos. Como não ganhava o suficiente para pagar um quarto, costumava dormir no corredor do Hotel da Estação.
Em 1948, José Alencar mudou-se para Caratinga (MG). Trabalhou em uma loja, recebendo ali o título de melhor vendedor. Aos 18 anos, com um empréstimo que obteve de seu irmão mais velho, Geraldo, e a emancipação concedida por seu pai, abriu sua primeira empresa, -A Queimadeira-. Ali, morava -atrás da prateleira-, comia de marmita e vendia tecidos, calçados, chapéus, guarda-chuvas, material de armarinho, entre outros objetos.
Em 1953, decidiu vender a loja, para mudar de ramo. Enquanto aguardava o pagamento, foi viajante de uma grande empresa atacadista carioca de tecidos. Em seguida, iniciou um negócio na área de cereais por atacado, ainda em Caratinga, e depois, com alguns sócios, foi proprietário de uma fábrica de macarrão. No final de 1959, com a morte de seu irmão mais velho, José Alencar assumiu os negócios deixados por Geraldo na empresa União dos Cometas.
Em 1967, fundou, em Montes Claros (MG), a Companhia de Tecidos Norte de Minas, a Coteminas, e oito anos depois inaugurou uma moderna fábrica de fiação e tecidos do país. Com 16 mil empregados e faturamento anual superior a R$ 700 milhões, a Coteminas tem 11 unidades que fabricam e distribuem produtos como fios, tecidos e malhas para o Estados Unidos, a Europa e os países do Mercosul.
Ao ser eleito senador para o Senado, apresentou um discurso nacionalista e de oposição ao governo. Na ocasião, declarou: -Vendemos a Vale (do Rio Doce) que é um país. E o que ela valeu? Apenas 17 dias de juros da dívida pública. Vamos vender tudo, já vendemos todas as siderúrgicas, o sistema de telecomunicações e continuamos devendo mais-. No Senado, foi primeiro vice-líder do PMDB e presidente da Comissão de Serviços de Infra-Estrutura.
Casado com Mariza há 45 anos, tem três filhos e cinco netos.
30/12/2002
Agência Senado
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