SENADOR QUESTIONA CONSERVAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DA PETROBRAS
O senador Geraldo Cândido (PT-RJ) questionou nesta terça-feira (dia 16) a segurança e a conservação dos dutos e equipamentos da Petrobras, durante debate realizado pela Comissão de Infra-estrutura sobre o vazamento de óleo ocorrido na Baía de Guanabara em janeiro. Esse é um dos pontos que terão de ser esclarecidos pela subcomissão encarregada de elaborar relatório sobre o acidente.- Tudo indica que a falha principal não foi humana, mas do equipamento - disse Cândido.Segundo Cândido, a subcomissão ainda realizará outra audiência pública e encaminhará questionários a entidades do setor antes de finalizar seu trabalho. Estão sendo esperados também o relatórios sobre o estado dos equipamentos, a cargo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e sobre os danos ambientais provocados pelo vazamento, a cargo da Companhia Estadual de Saneamento Básico de São Paulo (Cetesb).O estado dos dutos e equipamentos é duvidoso, segundo os depoimentos ouvidos pela subcomissão. A representante do Ministério Público, procuradora Gisele Porto, informou que o duto que se rompeu em janeiro, provocando o vazamento de 1,3 milhão de litros de óleo combustível, ainda está funcionando sem licenciamento. A presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Marília Marreco, informou que só dois dutos da empresa já receberam licenciamento da Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema).O senador Arlindo Porto (PTB-MG), que presidia a reunião, pediu à presidente do Ibama informações sobre novos vazamentos de óleo no Brasil. Segundo Marília Marreco, depois do acidente no Rio de Janeiro, já foram detectados dois derrames em São Paulo, um na Bahia, um no Rio Grande do Sul, um no Pará (transporte privado), um no Maranhão e um no Espírito Santo. Os dois últimos são de responsabilidade da Vale do Rio Doce.Geraldo Cândido cobrou das autoridades uma série de providências, inclusive com relação à poluição da Baía de Guanabara por outros tipos de efluentes, principalmente esgotos sanitários. Segundo o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) do Rio, José Chacon de Assis, a baía é um dos locais mais poluídos do mundo. Ele observou que a Feema está com deficiência de pessoal e equipamentos para realizar seu trabalho de controle e fiscalização. Gisela Farattini, secretária de Controle Ambiental do Ibama, informou que está em marcha o Programa de Despoluição da Baía de Guanabara (PDBG) com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
17/05/2000
Agência Senado
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