Senadores celebram 120 anos da proclamação da República



O Senado comemora, no horário do expediente da sessão plenária de quinta-feira (12), às 14h, os 120 anos da proclamação da República, ocorrida em 15 de novembro de 1889 e liderada pelo marechal Deodoro da Fonseca. Requerimento solicitando a homenagem é de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF).

Com a homenagem, Cristovam pretende promover no Legislativo uma reflexão sobre o que foi feito nesses 120 anos para transformar o Brasil de um Império em uma República, tarefa, segundo ele, ainda inconclusa.

- Ainda não conseguimos construir uma República. Ainda não conseguimos transformar os súditos da coroa em cidadãos da República. Ainda não conseguimos dar oportunidades iguais a todos, o que é uma condição fundamental da República - frisou.

Para o senador, a data é uma das três mais importantes do país, ao lado da Independência e da Abolição da Escravatura. A proclamação da República representou o fim da monarquia e a deposição do imperador D. Pedro II. Com a vitória do movimento republicano, um governo provisório assumiu o poder, dando início ao novo regime, inspirado no modelo federalista norte-americano.

Em 24 de fevereiro de 1891, foi promulgada a primeira Constituição republicana, que criou o sistema presidencialista, em que presidente e vice-presidente deveriam ser eleitos pelo sufrágio direto. Foi abolido o voto censitário, no qual a renda definia quem poderia ou não votar, mas o direito do voto ainda se limitava aos homens alfabetizados.

A restrição foi abolida apenas com a Constituição de 1988, mas, para Cristovam, trata-se de um avanço "tímido".

- Esse grande avanço de ter dado voto ao analfabeto vem acompanhado da vergonha de termos o analfabetismo. É triste dizer, mas quase 14 milhões dos eleitores não sabem ler - observou.

Também as desigualdades entre estados e regiões no Brasil foram apontadas por Cristovam como evidências de dificuldades ainda não superadas, apesar de o sistema federativo ter sido adotado desde a proclamação da República.

- É uma federação capenga, porque é desigual - concluiu.

Antes do movimento vitorioso de 1889, que assegurou o regime republicano, ocorreram diversas outras tentativas de instaurar a República no Brasil, que contribuíram para a implantação de reformas políticas, econômicas e sociais, como a Inconfidência Mineira (1788-1789); o movimento denominado Confederação do Equador, feito por estados do Nordeste (1824); e a Revolução Farroupilha, no Rio Grande do Sul (1839).



06/11/2009

Agência Senado


Artigos Relacionados


Senadores celebram os 60 anos da Associação dos Magistrados

Senadores celebram 45 anos do Polo Industrial de Manaus

Senadores celebram 15 anos da Universidade Católica de Brasília

Senadores celebram os 100 anos da Universidade Federal do Amazonas

Senadores celebram 100 anos de nascimento de Luiz Gonzaga

Senadores celebram 100 anos de fundação da Universidade Federal do Amazonas