Senadores destacam papel da Embrapa na evolução do agronegócio




Jorge Viana (C): o Brasil pode compatibilizar produtividade com respeito ambiental

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Criada oficialmente em 26 de abril de 1973, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) completa 40 anos nesta semana e, para marcar a data, o Senado realizou uma sessão especial de homenagem nesta segunda-feira (22). Nos discursos, os parlamentares enfatizaram a importância das pesquisas e inovações desenvolvidas pela empresa para o desenvolvimento do agronegócio no país.

O presidente da Embrapa, Maurício Lopes, lembrou que a instituição foi criada "em um tempo no qual faltava gente especializada no campo e o Brasil ainda precisava adaptar a tecnologia externa antes de aproveitá-la".

– Vínhamos de séculos de dependência tecnológica, de importação de conhecimentos e de ideias – assinalou.

Lopes contou que, em um dos primeiros debates envolvendo a empresa, havia a crítica de que não se devia investir na pesquisa de "cultivos internacionais", como o da soja, para não prejudicar cultivos genuinamente nacionais como feijão e mandioca. Atualmente, o Brasil disputa com os Estados Unidos o posto de maior produtor e exportador mundial de soja.

Ao apontar a relevância da Embrapa para o aumento da produtividade no campo, a senadora Ana Amélia (PP-RS) ressaltou que a produção nacional de alimentos era de pouco mais de 46 milhões de toneladas há 37 anos, enquanto hoje supera as 180 milhões de toneladas. Ela observou que, nesse período, a área plantada cresceu cerca de 40%, em contraste com um aumento de quase 400% na produção de alimentos.

Assim como Pedro Simon (PMDB-RS), senador que já foi ministro da Agricultura, Ana Amélia declarou que a história da agropecuária nacional pode ser dividida em "antes da Embrapa" e "depois da Embrapa". Ela também apontou o reconhecido papel do agronegócio na balança comercial brasileira – o setor é superavitário na comparação entre exportações e importações.

Fornecedor mundial

Outro ponto, ressaltado por senadores como Jorge Viana (PT-AC), que presidiu a sessão, foi a possibilidade – potencializada pelas pesquisas da Embrapa – de o país se consolidar como um importante fornecedor de alimentos para o resto do mundo. Pedro Simon fez avaliação semelhante ao frisar que a empresa gera conhecimento para a agropecuária, "o que nós temos de mais importante no cenário mundial".

Jorge Viana avalia que Europa e Estados Unidos enfrentam limitações para expandir sua produção, seja por meio da área plantada ou pelo aumento da produtividade, ao contrário do que acontece no Brasil. O senador pelo PT do Acre vem afirmando – desde as discussões que resultaram no novo Código Florestal – que o país pode despontar como uma "potência na produção de alimentos" que protege o meio ambiente.

Congresso e Embrapa

Ao lembrar a importância do Legislativo para a instituição que preside, Maurício Lopes destacou a atuação do Senado ao "reconhecer as necessidades orçamentárias essenciais à manutenção e modernização dos recursos operacionais da empresa". Ele também disse que as comissões temáticas do Senado permitem à Embrapa fornecer informações e conhecimentos que servem de subsídios para políticas públicas.

- O Congresso precisa ajudar o país a desenvolver novos arranjos institucionais, mais ágeis e flexíveis, para que os ativos tecnológicos e de conhecimento do setor público possam rapidamente chegar ao mercado, beneficiando a todos - disse.

Projeto de lei

O presidente da Embrapa aproveitou a cerimônia para defender a aprovação do PLS 222/2008, do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), que permite a abertura de capital da empresa e cria uma subsidiária, a EmbrapaTec. Segundo Maurício Lopes, a EmbrapaTec "terá por finalidade dinamizar a relação da Embrapa com o setor produtivo e com os mercados de inovação tecnológica". O projeto aguarda votação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado (CCJ).

Entre os presentes na cerimônia estavam Eliseu Alves (pesquisador da Embrapa que participou da sua fundação e a chefiou, como diretor-presidente, entre 1979 e 1985) e Alysson Paulinelli, ministro da Agricultura entre 1974 e 1979. Também homenagearam a empresa, por meio de pronunciamentos em Plenário, os senadores Ruben Figueiró (PSDB-MS), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Waldemir Moka (PMDB-MS) e Valdir Raupp (PMDB-RO).



22/04/2013

Agência Senado


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