Senadores divergem sobre novo aumento da taxa de juros



Senadores integrantes da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) manifestaram opiniões diferentes sobre a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa básica de juros para 10,5%. O senador Roberto Requião (PMDB-PR) acha que o aumento beneficia os especuladores. Já Eduardo Suplicy (PT-SP) considera a medida necessária para manter a inflação sob divercontrole.

Suplicy vê no controle dos preços uma boa razão para o aumento de meio ponto percentual na taxa básica de juros. Para Suplicy, a inflação de 2013, de 5,91%, acendeu a luz amarela no Banco Central.

- Os membros do Copom agiram responsavelmente para fazer com que, na circunstância presente, possa haver uma diminuição da pressão inflacionária. Isso contribui para um melhor ambiente na estabilidade da economia - afirmou Suplicy.

Já Roberto Requião acha que o Copom, ao aumentar a taxa de juros, acaba favorecendo os especuladores do mercado financeiro.

- Mais uma vez a gente verifica a prevalência dos interesses do grande capital sobre os interesses do Brasil. Com um pouco de inflação, qualquer país pode conviver. O que não podemos é conviver com esses juros altíssimos, que penalizam a sociedade inteira, aumentam o valor da dívida pública e só beneficiam o grande capital - disse Requião.

O Copom vem aumentando gradualmente a taxa de juros desde abril do ano passado, quando a Selic subiu de 7,25% para 7,5%. A próxima reunião do Copom está marcada para a última semana de fevereiro.



16/01/2014

Agência Senado


Artigos Relacionados


Copom avalia necessidade de novo aumento da taxa básica de juros

Walter Pinheiro vê novo aumento da taxa de juros como 'macroprecaução'

Randolfe Rodrigues condena aumento da taxa de juros

Parlamentares demonstram preocupação com aumento de dívida e taxa de juros

Dornelles: 'Aumento da taxa básica de juros foi um grande erro'

Alvaro Dias prevê prejuízos ao país com aumento da taxa de juros